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GATO DE ENERGIA

Operação Iluminar atua seis por furto de energia elétrica em Ponta Porã

Ação conjunta da Polícia Civil e Energisa fiscalizou 28 imóveis em Ponta Porã
Ação conjunta da Polícia Civil e Energisa fiscalizou 28 imóveis em Ponta Porã
Operação Iluminar combate fraudes em medidores de energia e responsabiliza seis pessoas em Ponta Porã

Uma força-tarefa entre a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio das delegacias de Ponta Porã e da Perícia Criminal, e a concessionária Energisa. Essa colaboração resultou na deflagração da “Operação Iluminar” nesta terça-feira (10). A ação teve como foco o combate ao furto de energia elétrica e fraudes em medidores. Estes medidores estão instalados em imóveis residenciais e comerciais da cidade.

Durante a operação, duas equipes policiais, uma equipe de perícia técnica e 15 equipes da Energisa fiscalizaram 28 imóveis previamente mapeados. As diligências foram subsidiadas com dados fornecidos pela concessionária, que identificou inconsistências no consumo de energia em diversas unidades consumidoras.

Segundo Denise Simões, representante de Relações Institucionais da Energisa, fiscalizações rigorosas estão sendo feitas semanalmente em diversos pontos do estado. Isso ocorre com o apoio da polícia.

“Esse tipo de prática traz uma série de prejuízos e perigos; não somente causa danos à rede elétrica, impacta na qualidade de fornecimento e eleva o custo da energia dos demais consumidores. Mas principalmente pode colocar em risco a vida da população.”

Como resultado da operação, seis pessoas foram conduzidas à Delegacia de Polícia e autuadas por crimes como furto de energia elétrica e estelionato. De acordo com o delegado adjunto da 1ª Delegacia de Ponta Porã, a prática popularmente conhecida como “gato de energia” pode configurar diferentes tipificações criminais. Além disso, representa um alto risco à segurança pública.

“O desvio de energia, além de ser crime, pode causar acidentes fatais. Isso se deve às ligações clandestinas que provocam incêndios e explosões. Essa é a segunda maior causa de morte no país relacionada à energia elétrica”, destacou.

Como chegaram aos “gatos” e que paga a conta?

As inspeções foram conduzidas com base em divergências identificadas pela Energisa no padrão de consumo de energia. A partir desses dados, os imóveis foram fiscalizados e as fraudes foram confirmadas in loco pelas equipes.

Parte do prejuízo causado pelas ligações clandestinas é absorvida pelos consumidores regulares. Isso ocorre uma vez que os custos com perdas não técnicas são, em parte, redistribuídos na tarifa de energia.

A Energisa lembra que denúncias sobre furto de energia podem ser feitas por meio dos seus canais oficiais de atendimento. A identidade dos denunciantes é mantida em absoluto sigilo.

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) indicam que fraudes no sistema elétrico representam perdas superiores a 31,5 mil gigawatts. Este volume é suficiente para abastecer grande parte das residências de Mato Grosso do Sul.

As investigações seguem em andamento para identificar outros pontos de irregularidade em Ponta Porã e região.