
Começou oficialmente nesta semana o período de piracema em Mato Grosso do Sul — época em que os peixes sobem os rios para se reproduzir e, por isso, a pesca fica proibida em todo o Estado até o dia 28 de fevereiro de 2026. A Polícia Militar Ambiental (PMA) já intensificou as ações de fiscalização, com operações nos principais rios e uso de tecnologia para detectar irregularidades.

O Capitão Gabriel Rocha, subcomandante do 1º Batalhão da PMA, explicou em entrevista à Massa FM que todas as modalidades de pesca estão suspensas, incluindo a de barranco e a subaquática.
“A única exceção é a pesca e solte, liberada a partir de 1º de fevereiro, apenas na calha do Rio Paraguai”, informou.
A PMA também alerta para as regras específicas do Rio Paraná, onde é permitida a pesca de espécies exóticas, limitada a dez quilos mais um exemplar. “Mesmo assim, é preciso respeitar as normas e não confundir pesca de lazer com pesca ilegal”, reforçou o oficial.
Durante a piracema, apenas moradores ribeirinhos em situação de subsistência têm autorização para pescar, e mesmo assim, dentro de limites previstos em lei.
O Capitão destacou que a fiscalização vem contando com a colaboração da população, que pode denunciar práticas ilegais por WhatsApp, enviando fotos, vídeos e localização. “A sociedade está mais consciente, e isso facilita nosso trabalho”, afirmou.
Além do uso de drones e imagens de satélite, a PMA realiza operações conjuntas com o Imasul e o Ministério Público para coibir crimes como desmatamento e queimadas. “A tecnologia tem sido essencial para identificar áreas de difícil acesso e monitorar os rios durante o período de defeso”, disse o Capitão Rocha.
O subcomandante lembrou que a piracema não é apenas uma medida legal, mas uma ação vital para garantir o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos e permitir que o pescador volte, no próximo ano, a exercer seu lazer de forma sustentável.