Quatro pessoas foram indiciadas por envolvimento em um esquema de receptação de celulares furtados e roubados em Campo Grande. A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (DERF), recuperou aparelhos subtraídos de uma academia no bairro Universitário e apreendeu equipamentos de origem criminosa em diferentes pontos da cidade.
Lojas e moradores são alvos de investigação
Os investigadores chegaram a dois estabelecimentos comerciais usados para revenda e desbloqueio de celulares. Um deles, no bairro Tiradentes, era mantido por T.A.S., de 37 anos, que foi indiciado por receptação qualificada.
O mesmo crime foi atribuído a L.P.P. (35) e J.M.F. (30), responsáveis por outro ponto de venda no bairro Jardim Canguru.
Além dos comerciantes, E.P.R. (45), moradora do Jardim Colibri, foi indiciada por receptação dolosa. Ela teria comprado um celular com conhecimento de que o aparelho era fruto de roubo.
A pena para receptação qualificada pode chegar a oito anos de prisão.
Apreensões reforçam alerta sobre compra de aparelhos usados
Durante a operação, a polícia recuperou celulares levados em um roubo majorado – quando há uso de violência ou grave ameaça – ocorrido em uma academia de musculação.
A DERF reforça o alerta sobre a compra de eletrônicos sem comprovação de procedência. Mesmo que o comprador não tenha envolvimento direto com o crime, adquirir um produto de origem ilícita pode configurar receptação, principalmente se não houver comprovação da boa-fé.
Como se proteger de problemas com a Justiça
Para evitar riscos, a Polícia Civil recomenda:
- Exigir nota fiscal ou recibo com identificação do vendedor;
- Solicitar caixa, carregador e acessórios originais;
- Evitar compras em via pública ou com preços muito abaixo do mercado;
- Realizar negócios apenas com lojas especializadas.
Outra medida importante é consultar o número do IMEI (identificação única de cada celular) no site da Anatel, para verificar se o aparelho está regularizado.
Canal de denúncias está disponível
Informações sobre locais que comercializam produtos de origem criminosa podem ser repassadas diretamente à DERF, de forma anônima:
- (67) 3368-6600
- WhatsApp: (67) 9 9986-0295