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ENTREVISTA

PPP prevê novos blocos e aumento de 60% nos leitos do Hospital Regional

Parceria vai ampliar a capacidade de internações para 2.700 por mês e modernizar serviços de apoio hospitalar

Parceria vai ampliar a capacidade de internações do hospital para 2.700 por mês - Foto: Arquivo/Portal RCN67
Parceria vai ampliar a capacidade de internações do hospital para 2.700 por mês - Foto: Arquivo/Portal RCN67

O Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, deve passar pela maior ampliação de sua história com a construção de dois novos blocos e reforma completa da estrutura atual.

A obra será executada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), apresentada a potenciais investidores na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, na semana passada.

Em entrevista ao programa Microfone Aberto, da Massa FM Campo Grande, a diretora-presidente da Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul, Marielle Alves Corrêa Esgalha, detalhou o projeto e os impactos previstos para a rede hospitalar do Estado.

Ela explicou que a iniciativa integra um plano de regionalização, que inclui unidades em Três Lagoas, Dourados e Corumbá.

Atualmente, o hospital conta com cerca de 350 leitos e realiza de 1.500 a 1.600 internações mensais. Com a ampliação, a capacidade deve chegar a 2.700 internações por mês.

O investimento total estimado é de R$ 950 milhões, sendo R$ 370 milhões de aporte do governo estadual e o restante proveniente da concessionária. As empresas privadas serão responsáveis pela construção e pela operação de serviços de apoio, como limpeza, nutrição, segurança e transporte, durante 30 anos.

Segundo Marielle, a PPP também traz inovação ao transferir para a iniciativa privada a compra de materiais, medicamentos e insumos hospitalares. “Essa mudança gerou muitas perguntas no evento, mas foi bem recebida pelos investidores”, afirmou.

Marielle Alves nos estúdios da Massa FM Campo Grande – Foto: Ana Lorena Franco/Portal RCN67

A previsão é de que o edital seja lançado em 1º de setembro, com leilão marcado para o início de dezembro. Após a assinatura do contrato, prevista para fevereiro de 2026, as empresas terão de seis a oito meses para elaborar os projetos e obter as licenças necessárias.

As obras devem levar 24 meses para a construção do bloco principal e 12 meses para o almoxarifado, seguidos de mais 24 meses para a reforma do prédio atual, totalizando 56 meses de execução.

A expectativa é aumentar em 60% o número de leitos e melhorar as condições de trabalho dos profissionais da saúde. “Queremos atender não só os pacientes, mas também os servidores, que terão uma estrutura mais adequada para desempenhar suas funções”, concluiu a diretora-presidente.

Confira a entrevista na íntegra: