
O Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, deve passar pela maior ampliação de sua história com a construção de dois novos blocos e reforma completa da estrutura atual.
A obra será executada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), apresentada a potenciais investidores na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, na semana passada.
Em entrevista ao programa Microfone Aberto, da Massa FM Campo Grande, a diretora-presidente da Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul, Marielle Alves Corrêa Esgalha, detalhou o projeto e os impactos previstos para a rede hospitalar do Estado.
Ela explicou que a iniciativa integra um plano de regionalização, que inclui unidades em Três Lagoas, Dourados e Corumbá.
Atualmente, o hospital conta com cerca de 350 leitos e realiza de 1.500 a 1.600 internações mensais. Com a ampliação, a capacidade deve chegar a 2.700 internações por mês.
O investimento total estimado é de R$ 950 milhões, sendo R$ 370 milhões de aporte do governo estadual e o restante proveniente da concessionária. As empresas privadas serão responsáveis pela construção e pela operação de serviços de apoio, como limpeza, nutrição, segurança e transporte, durante 30 anos.
Segundo Marielle, a PPP também traz inovação ao transferir para a iniciativa privada a compra de materiais, medicamentos e insumos hospitalares. “Essa mudança gerou muitas perguntas no evento, mas foi bem recebida pelos investidores”, afirmou.
A previsão é de que o edital seja lançado em 1º de setembro, com leilão marcado para o início de dezembro. Após a assinatura do contrato, prevista para fevereiro de 2026, as empresas terão de seis a oito meses para elaborar os projetos e obter as licenças necessárias.
As obras devem levar 24 meses para a construção do bloco principal e 12 meses para o almoxarifado, seguidos de mais 24 meses para a reforma do prédio atual, totalizando 56 meses de execução.
A expectativa é aumentar em 60% o número de leitos e melhorar as condições de trabalho dos profissionais da saúde. “Queremos atender não só os pacientes, mas também os servidores, que terão uma estrutura mais adequada para desempenhar suas funções”, concluiu a diretora-presidente.
Confira a entrevista na íntegra: