O número de ocorrências de queimadas nas áreas urbanas de Campo Grande triplicou nas últimas semanas devido ao período de estiagem. O alerta foi feito nesta segunda-feira (28) pela tenente-coronel Tatiane de Oliveira e pelo engenheiro ambiental tenente Alexandre Araújo, ambos do Corpo de Bombeiros, em entrevista ao programa Microfone Aberto da Massa FM Campo Grande.
Estratégias mudaram após anos críticos
Embora 2024 tenha registrado clima mais severo que 2020, o número de focos de calor foi menor no estado. Segundo Tatiane, a redução está ligada a investimentos em tecnologia, capacitação de profissionais e integração com outras instituições.
A Operação Pantanal do ano passado mobilizou mais de 2.500 profissionais e teve investimento superior a R$ 25 milhões.
Alexandre explicou que o uso de drones, motobombas e monitoramento 24 horas dos focos de calor permitiu respostas mais rápidas. “Quando há registro de um foco, entramos em contato com os proprietários e, caso seja confirmado incêndio, enviamos equipes imediatamente para conter as chamas”, afirmou.
Proibição de queimadas está em vigor
Pantanal e Cerrado têm ciclos naturais de fogo, mas o manejo controlado só pode ser feito em épocas específicas. Durante a seca, a prática está proibida em todo o estado nos meses de agosto e setembro e, no Pantanal, também em outubro.
“Nesse período, qualquer foco se espalha rapidamente e foge do controle”, destacou Tatiane.
Educação ambiental é essencial
Os oficiais reforçaram que atear fogo em lixo ou terrenos baldios é crime ambiental e pode gerar acidentes e agravar doenças respiratórias. “É uma mudança cultural. Precisamos reforçar a educação ambiental e a formação de brigadas para reduzir os incêndios”, afirmou a tenente-coronel.
As ações de prevenção seguem em 2025, com bases avançadas e atividades de conscientização em todo o estado.
Confira a entrevista na íntegra: