
A cobrança pela conclusão das obras do Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste, a antiga rodoviária de Campo Grande, voltou à pauta pública nesta terça-feira (2). O síndico do local, Paulo Pereira, utilizou a tribuna da Câmara Municipal para pedir uma data definitiva de entrega e a isenção do IPTU aos proprietários que, segundo ele, estão impossibilitados de usar o espaço.
“Começou em 2022, era para terminar em 2023 e até agora não acabou”, afirmou Pereira. Durante a fala, ele listou quatro erros de projeto que, segundo a administração do condomínio, contribuíram para os atrasos e para aditivos no contrato. O prédio reúne áreas privadas e públicas.
O primeiro problema apontado foi a retirada das telhas pertencentes aos proprietários. O segundo, um erro no antigo espaço do estacionamento de ônibus urbanos, onde seriam necessárias intervenções de fundação e sondagem. “Ficaram materiais jogados, atrapalhando a comunidade, os moradores e os proprietários”, disse.
O terceiro entrave envolve o sistema de ar-condicionado, que, segundo Pereira, demandaria mais R$ 3,5 milhões para ser concluído. Por fim, ele citou uma rampa construída de forma errada, hoje escorada por andaimes para não desabar, após já ter consumido vários caminhões de concreto.
“Precisamos que nossas telhas sejam devolvidas e precisamos de uma data fixa para término dessa obra. Chega de obra pública dar prejuízo para nós, que pagamos altos impostos”, cobrou. De acordo com o síndico, o investimento total já chega a R$ 17 milhões.
Pedido de Suspensão do IPTU e Ato ‘Grito da Rodoviária’
Pereira levou também o pedido dos proprietários para que o IPTU seja suspenso neste ano ou pelos próximos quatro, alegando prejuízos por não conseguirem trabalhar, vender ou alugar seus espaços. O grupo organiza o ato chamado ‘Grito da Rodoviária’, marcado para quinta-feira (4), às 19h.
O vereador Otávio Trad, que convidou o síndico à Tribuna, destacou a importância de dar visibilidade ao problema e relembrou a história do bairro Amambaí, onde fica o antigo terminal. Ele afirmou que as reivindicações serão levadas ao Executivo e reforçou a necessidade de fiscalização sobre a empreiteira.
“Vamos levar o grito da rodoviária e pedir o apoio de todos os vereadores, principalmente para garantir a conclusão da obra”, disse.