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Suspeito morre após confronto com o Choque durante ação contra uso de drone no presídio

Ação no Jardim Noroeste resultou na apreensão de drogas, celulares e um drone usado para tentar abastecer unidade prisional

Material apreendido na residência - Foto: Divulgação/Batalhão de CHoque
Material apreendido na residência - Foto: Divulgação/Batalhão de CHoque

Um homem de 44 anos morreu após ser baleado durante uma operação da Polícia Militar no Jardim Noroeste, em Campo Grande, na madrugada desta sexta-feira (27). O confronto ocorreu durante uma ação do Batalhão de Choque, que investigava o uso de um drone para levar drogas e celulares ao Presídio de Segurança Máxima da Capital.

Segundo o Choque, o equipamento foi avistado sobrevoando a região em voos repetidos, o que levantou suspeita de que estivesse sendo usado para abastecer o presídio. A equipe acompanhou o trajeto até uma casa onde o drone teria pousado.

Dentro do imóvel, os policiais encontraram porções de maconha e celulares logo na entrada. Durante a abordagem, conforme relato da equipe, o homem armado teria reagido. Ele foi baleado, levado ao Centro de Saúde Tiradentes, mas não resistiu aos ferimentos.

No local foram apreendidos 6,8 quilos de maconha divididos em 19 porções, além de 15 celulares, balanças de precisão, o drone com acessórios e um revólver calibre 22 com cinco munições. O prejuízo ao crime foi estimado em R$ 46,6 mil.

“Base logística do crime”

O comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Rigoberto Rocha, afirmou que o imóvel funcionava como uma estrutura de apoio ao tráfico. “Era uma base logística para o crime organizado, com diversos aparelhos celulares e toda a estrutura para o lançamento de materiais e o recebimento de chamados de dentro do presídio”, disse.

Rocha destacou ainda que o uso de drones para abastecer unidades prisionais tem se tornado cada vez mais comum. “Hoje os criminosos usam drones de alto valor, com maior precisão. A Polícia Militar sabe que essa prática existe, acompanha de perto e tem retirado de circulação tanto os equipamentos quanto os operadores.”

Ações integradas

O comandante também reforçou que há articulação entre as forças de segurança no combate a esse tipo de crime. “A Polícia Militar, a Polícia Penal, a Polícia Civil e demais instituições estão integradas. O enfrentamento ao crime organizado exige essa união, principalmente quando envolve tecnologia e atuação interestadual.”

A identidade do suspeito, natural do Distrito Federal, ainda está sendo verificada.