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Campo Grande, 28 de março

Após troca-troca de siglas, PP cresceu e vira a maior bancada de MS

Principal líder do bolsonarismo em Mato Grosso do Sul, a ex-ministra Tereza Cristina carregou consigo grande números de adeptos

Por Nyelder Rodrigues
02/04/2022 • 13h01
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Fechado o período de troca de partidos pelos parlamentares estaduais e federais, o PP (Partido Progressista) se tornou a sigla que mais cresceu e que alcançou o posto de principal bancada parlamentar de Mato Grosso do Sul. Tudo aconteceu como um efeito do desembarque de Tereza Cristina, ex-ministra de Bolsonaro, na legenda.

Antes filiada ao DEM, ela não se entendeu com o novo comando do União Brasil - partido criado com a fusão dos democratas com o PSL e que termina a janela partidária com várias perdas de nomes com mandato nas casas legislativas - e migrou para o PP, onde já chega como presidente regional e principal nome do bolsonarismo.

Ex-ministra de Jair Bolsonaro, Tereza Cristina é agora presidente regional do PP

Na Câmara dos Deputados, o PP não tinha nenhuma das oito cadeiras destinadas ao Mato Grosso do Sul antes da janela, mas agora possui duas: uma com Tereza Cristina e outra com Luiz Ovando, que também deixa o União Brasil. 

Assim, o PP acaba empatando com o PSDB, que perdeu Rose Modesto para o União, mas permaneceu com Beto Pereira e recebeu o ex-pedetista Dagoberto Nogueira. O PSD segue apenas com Fábio Trad, assim como o PT com Vander Loubet. Já o PL ganhou uma cadeira com a chegada de Loester Trutis ao partido de Jair Bolsonaro.

ASSEMBLEIA

Na Assembleia Legislativa, veio a maior movimentação: antes apenas com Evander Vendramini e Gerson Claro, agora o PP conta também com Barbosinha (ex-União), Marçal Filho (ex-PSDB) e Londres Machado (ex-PSD). Assim, agora são cinco nomes, a maior bancada do parlamento estadual, isoladamente.

Em segundo na lista aparece o PSDB, que antes era o detentor da maior bancada. Além de perder Marçal, Felipe Orro migrou para o PSD e Rinaldo Modesto para o Podemos. Contudo, os tucanos repuseram seu quadro com Zé Teixeira (ex-União) e Jamilson Name, que estava sem partido desde que conseguiu na Justiça sair do PDT.

A terceira maior bancada do Assemgleia agora fica nas mãos do PL, que antes tinha apenas João Henrique Catan, mas agora terá também Coronel David e Neno Razuk (ex-PTB). O Republicanos, que tinha Antonio Vaz, agora tem também Herculano Borges, que estava no Solidariedade - a sigla também perdeu Lucas de Lima para o PDT.

Já o MDB perdeu um de seus três deputados. Se Renato Câmara e Marcio Fernandes permaneceram no partido, Paulo Duarte decidiu trocá-lo de última hora para o PSB, deixando o MDB com a quarta bancada, ao lado de Republicanos e PT.

BALANÇO

O balanço geral então faz com que o PP lidera a lista com cinco deputados (eram apenas dois antes), com o PSDB tendo quatro (eram cinco) e o PL saltando de um para três parlamentares com assento na Assembleia Legislativa.

MDB, PT e Republicanos dividem a quarta posição com dois nomes cada, enquanto os demais partidos ficaram um deputado: Patriota e PSD permanecem inalterados como antes, enquanto Podemos, PRTB, PDT e PSB ganharam um nome cada. Já os partidos que tinham mas ficaram sem nenhum deputado foram União Brasil, Solidariedade e PTB.

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