O Centro de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS) realizou no auditório da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), palestras com participação de aproximadamente 100 agentes comunitários de saúde e agentes de controles de vetores.
A intenção do órgão ligado à Secretaria de Assistência Social e contar com apoio dos servidores para que denunciem eventuais ocorrências de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes, que possam observar durante a realização do trabalho.
A iniciativa faz parte do plano de campanhas do CREAS, em alusão ao dia nacional de combate ao abuso ou exploração de crianças e adolescentes e tem apoio do Conselho Tutelar e da Secretaria de Saúde do município.
A delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher, Eva Maira Cogo, foi uma das palestrantes e abordou temas importantes do combate a violência e exploração sexual de crianças e adolescentes, ressaltando a importância da participação dos agentes comunitários na observação e denúncia de possíveis casos. A jovem delegada tem se destacado no trabalho de prevenção e investigação destes crimes no município.
Eva Maira afirma que é feito um levantamento das informações de cada caso, por isso a importância dos agentes. “Sempre temos o cuidado de levantar cada informação, e são os agentes que estão na casa das pessoas, fazem visitas familiares e podem enxergar onde a polícia não está enxergando. Os crimes de abuso geralmente ocorrem às escondidas, e muitos não chegam ao conhecimento da polícia; seja por medo da vítima, e até por se achar culpada pelo abuso; e os casos de crianças que nem entendem que estão sendo abusadas”, disse.
A delegada fez um alerta aos pais e responsáveis para possíveis sintomas de abuso sexual em crianças. “Uma criança que tem mudança brusca de comportamento, sem motivo aparente; crianças falantes que se calam, ou crianças mais caladas que começam a falar bastante e com comportamentos sexuais que não correspondem a idade, podem ser indícios de abusos sofridos. É ideal observar quem está tendo contato, pois grande parte dos abusos acontecem dentro de casa, com pessoas próximas como tios, amigos da família, vizinhos; então, o correto é não confiar tanto nas pessoas e ficar sempre atento. Não existe um ‘perfil’ de abusador. É preciso estar atento”, disse a delegada.
Também falaram aos participantes conselheiros tutelares e psicólogos.