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Paranaíba, 30 de abril

Pintor é condenado a prisão por 21 anos após matar esposa a facadas

O crime teve ainda quatro qualificadoras que fizeram a pena ser aumentada

Por Talita Matsushita
05/06/2019 • 07h36
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Marcílio Batista Rocha foi condenado a cumprir 21 anos de prisão em regime fechado por matar sua esposa Danielli dos Reis Miranda, 20 anos. O julgamento se encerrou pouco mais das 17h no Fórum de Paranaíba e teve duração de quase nove horas. O crime teve ainda quatro qualificadoras que fizeram a pena ser aumentada: motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e no contexto de violência doméstica.

Durante seu depoimento, Marcílio disse que foi acidente a primeira facada e Danielli teria o atacado primeiro. O motivo do crime teria sido ciúmes, conforme o réu, ele desconfiava que a esposa tinha relacionamento amoroso com outro homem e chegou a dizer que sabe quem é.

O caso foi levado a júri popular composto por sete jurados, quatro mulheres e três homens. O advogado de defesa é Daladier Agi, e a acusação do promotor Leonardo Palmerston.

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Danielli foi morta com 37 facadas na casa em que morava com Marcílio na noite de 13 de julho de 2017, na avenida dos Expedicionários no bairro Industrial de Lourdes. Após matar a vítima, ele tentou o suicídio com várias canivetadas em seu corpo.

A jovem foi encontrada de bruços, e nua, conforme laudo da perícia anexado ao processo. Ela foi atingida com perfurações na região abdominal, braço esquerdo, dedo da mão esquerda, braço direito, seio esquerdo e seio direito e 12 das facadas teriam sido nas costas.

Na época a mãe do autor contou a Polícia que o casal vinha discutindo há dias sobre o relacionamento deles, e na noite de 13 de julho ouviu mais um a discussão do casal até que eles permaneceram em silêncio.

Após alguns minutos, a mulher acordou com Danieli pedindo socorro e ao ir até o quarto do casal deparou-se com o autor desferindo golpes de faca contra ela. A mãe do suspeito então correu para fora da residência pedindo ajuda as casas vizinhas e quando retornou até o local deparou-se então com o filho também caído ao lado da vítima.

Conforme o registro policial, o Corpo de Bombeiros constatou que Danieli devido à gravidade das canivetadas em várias partes do corpo não havia mais sinais de vida e o suspeito foi socorrido com vida até a Santa Casa de Misericórdia local, onde passou por procedimentos cirúrgicos e permanece sob escolta policial.

 

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