Depois de fechar 2018 e janeiro deste ano com saldo negativo de empregos, Três Lagoas voltou a contratar mais do que demitir. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta semana, mostram que, em fevereiro houve 1.264 contratações e 1.088 demissões – saldo positivo de 176 vagas formais.
Em janeiro, Três Lagoas teve saldo negativo de 56 vagas. Neste ano, o município contabiliza 151 novos postos.
Mas, o desemprego ainda assombra muitos três-lagoenses. Luiz Tadeu Dutra Marques está desempregado há dois anos e sabe bem o que é dificuldades para conseguir uma vaga. Apesar da experiência como auxiliar de produção, disse que está difícil voltar ao mercado de trabalho. O problema se agrava ainda mais quando são dois desempregados em casa. Além dele, a esposa Marivânia Rodrigues Marques, formada em gestão de marketing, encontra dificuldades para voltar a trabalhar.
José Duarte Filho também tem diploma em administração de empresas. Apesar disso, ainda não conseguiu emprego na cidade. Ele veio do Ceará em busca de oportunidade. “Lá é difícil emprego. Em Três Lagoas que está em franco desenvolvimento, achei que fosse mais fácil, mas não”, disse.
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Eli da Silva é técnico em eletrônica e sempre trabalhou na área administrativa. Mas, desde 2017 não consegue emprego. Para se manter e pagar as contas, faz “bicos” como vendedor picolé e limpando terrenos.
Na Casa do Trabalhador de Três Lagoas cerca de 300 pessoas buscam emprego todos os dias – quantidade muito superior à oferta de vagas, segundo o diretor do órgão, Welton Alves.
A tendência, segundo ele, é de aumento de vagas nos próximos meses, com novos empreendimentos da construção civil, como a construção de uma usina de biomassa da empresa Eldorado Brasil, que prevê geração de até 1,5 mil vagas no pico da obra, prevista para começar em abril. A construção de um hipermercado também prevê a abertura de postos de trabalho.
