O presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou na madrugada desta quinta-feira que os países da zona do euro e os bancos detentores de títulos da dívida grega chegaram a um acordo para socorrer a Grécia, reduzindo sua dívida em 50%, após uma maratona de negociações realizada em Bruxelas, na Bélgica.
Com o novo acordo, a dívida grega terá um alívio de 100 bilhões de euros, diminuindo o endividamento do país para 120% (que hoje é de 145%) do PIB até 2020. Os governos da zona do euro também concordaram em fornecer uma garantia de 30 bilhões de euros em garantias de créditos aos bancos. Isso é mais agressivo do que o desconto de 21% acertado em julho, medida que na época foi saudada com entusiasmo, mas que depois se mostrou insuficiente.
Para Sarkozy, a medida tomada nesta madrugada evita um "drama" semelhante ao que se seguiu ao colapso do banco Lehman Brothers em 2008 e afirmou que espera que isso tranquilize os mercados na abertura das bolsas hoje.
Quem também se mostrou satisfeita foi a chanceler alemã, Angela Merkel. "Nós fechamos um acordo sobre um pacote abrangente que consiste em cinco elementos", anunciou. Esses elementos são: esforços a serem feitos pelos Estados-membros para colocar seus orçamentos em ordem, uma solução sustentável para a Grécia, o aperfeiçoamento do fundo de resgate da zona do euro, a recapitalização bancária e, finalmente, o fortalecimento do regime de estabilidade da moeda do bloco.