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Baixa renda puxa alta de 7,5% na procura por crédito em 2011

Brasileiros com renda mensal de até R$ 500 alavancaram o indicador, já que a concessão de crédito para este público aumentou 20% em 2011

A procura do consumidor por crédito cresceu 7,5% no ano passado, puxada pela busca por empréstimos da baixa renda, informou nesta segunda-feira (9) a Serasa Experian. Apesar do crescimento, houve uma desaceleração do ritmo de empréstimos em relação ao ano de 2010, quando a alta da demanda por crédito superou 16%.

Os brasileiros com renda mensal de até R$ 500 alavancaram o indicador, já que a concessão de crédito para este público aumentou 20% em 2011. O segundo maior crescimento foi verificado entre as pessoas que recebem de R$ 5.000 a R$ 10 mil por mês – o crescimento na procura por crédito foi de 10,5%.

Segundo a Serasa, a ampliação dos empréstimos para a baixa renda se explica pela diminuição da informalidade no mercado de trabalho em 2011, já que os indivíduos passaram a dispor de maior acesso ao mercado de crédito.

A expansão dos empréstimos no ano passado, porém, ficou aquém do registrado em 2010, quando o crescimento da demanda por crédito saltou 16,4%.

As razões para esse ritmo mais contido, segundo os economistas da Serasa, são as altas consecutivas dos juros básicos, o que aconteceu até agosto; a alta da dívida média dos brasileiros; a inflação e, sobretudo, o aumento do calote das famílias, o que tornou mais seletiva a oferta de crédito dos bancos.

Considerando as regiões brasileiras, os nordestinos foram os que mais pediram dinheiro emprestado no ano passado. Segundo a Serasa, a expansão da procura por empréstimos foi de 11,7%, contra alta de 17,7% em 2010. Foi o segundo ano consecutivo que o Nordeste encabeça a lista de demanda por crédito.

Na segunda posição ficaram os moradores do Centro-Oeste, onde a procura por dinheiro emprestado cresceu 8,9%. Os habitantes do Sudeste ficaram na terceira posição entre os que mais pediram crédito – o crescimento foi de 7,3%.

Completam o ranking o Norte (alta de 6,7% na procura) e o Sul, onde a demanda por dinheiro emprestado aumentou 4,1%.