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Burocracia e custo afasta trabalhador informal da regularização

De cada cinco trabalhadores informais, três, ou 61%, pretendem fazer investimentos no próprio negócio neste ano

Quase metade dos trabalhadores que compõem o mercado informal no país não sabe o que fazer para regularizar o próprio negócio, de acordo com pesquisa da SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) divulgada nesta segunda-feira (10/6).

"Na prática, significa dizer que apesar de todo o esforço do governo em criar modalidades facilitadas de formalização para o pequeno empreendedor, a informação não está chegando na ponta da cadeia", diz a SPC Brasil, em nota.

Além disso, o levantamento mostra que as principais razões para que os trabalhadores se mantenham na informalidade são alto custo e burocracia para abrir um negócio formal.

Para Roque Pellizzaro Junior, presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), o resultado da pesquisa indica o desconhecimento das ferramentas de regularização por parte dos trabalhadores informais.

"Na maior parte dos casos, o custo inicial para ter um negócio registrado é praticamente zero e o trabalhador pode iniciar o cadastro pela internet. Ou seja, existe um desconhecimento, apesar das excelentes ferramentas oferecidas pelo governo", fala Pellizzaro.

O levantamento da SPC diz também que de cada cinco trabalhadores informais, três, ou 61%, pretendem fazer investimentos no próprio negócio neste ano. Desse total, 75% responderam que terão de colocar dinheiro do bolso, enquanto 14% recorrerão a bancos e financeiras.