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Calote das empresas tem 2ª maior alta do ano em novembro

Dívida média das firmas brasileiras com os bancos chega perto dos R$ 5.200

 A inadimplência das empresas brasileiras cresceu 9,8% em novembro em relação a outubro, informou a Serasa Experian nesta quarta-feira (28). Este foi o segundo maior crescimento do calote no ano, atrás apenas de março, quando a falta de pagamento subiu quase 11%. 


Os principais motivos que levaram as empresas a dar mais calote são a escalada da inflação, que deverá fechar o ano em mais de 6,5% e afeta todos os custos empresariais; o alto preço do capital de giro (devido aos juros altos), que impacta os custos de operação; e o aumento do calote do consumidor, que impõe maiores provisões e perdas aos negócios. 

Diante deste cenário, de acordo com os economistas da Serasa, as empresas produzem e ampliam os estoques para as festas de final de ano “numa posição de caixa menos favorável, resultando em elevação da inadimplência”. 

A Serasa aponta ainda aumentos expressivos na inadimplência na comparação entre novembro deste ano e de 2010 e no acumulado do ano, ou seja, entre janeiro e novembro de 2010 contra o mesmo período de 2011. No primeiro caso, houve aumento de 32,5% e, no segundo, a alta foi de 18,6%. 

Tamanho da dívida 

O valor médio da dívida entre janeiro e novembro de 2011 ficou em R$ 5.176,85, o que representa uma alta de 9,5% em relação ao mesmo acumulado de 2010.

Já as dívidas não bancárias – cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água – ficou em R$ 742,03 no mesmo período. 

No caso dos títulos protestados, o valor médio do rombo foi de R$ 1.804,50, o que significa uma alta de 9,3% sobre o período de janeiro a novembro do ano anterior. 

Para completar, os cheques sem fundos tiveram um valor médio de R$ 2.088,21 entre janeiro e novembro deste ano.