O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel do país, subiu 4,10% em maio e atingiu 37,04% em 12 meses, segundo dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgado nesta sexta-feira. Ou seja é a maior alta para o mês em 25 anos
O resultado veio levemente acima das expectativas dos economistas. A variação mensal é superior ao 1,51% registrado em abril. Naquele período, o IGP-M chegou a desacelerar por conta da redução os preços dos combustíveis.
Segundo a FGV, em maio de 2020, o IGP-M registrava taxas de 0,28% no mês de maio e de 6,51% em 12 meses.
A alta de abril para maio foi puxada principalmente pelos preços de commodities no atacado, que voltaram a pressionar a inflação ao produtor. Os custos são medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que tem peso de 60%, e subiu 5,23% em maio, contra 1,84% do mês anterior.
O novo "superciclo" de commodities tem provocado reflexos nos preços de matérias-primas. O minério de ferro saiu de uma queda de 1,23% para 20,64%. Também pesaram no índice a cana-de-açúcar, que saiu de 3,43% em abril para 18,65% em maio, e o milho (de 8,70% para 10,48%).
— Essas três commodities responderam por 62,9% do resultado do IPA — afirmou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços, na divulgação do material.
Houve altas também no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo e que passou de 0,44% em abril para 0,61% em maio, e no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que subiu de 0,95% para 1,80%.