A taxa média de juros para pessoa física caiu de 6,67% ao mês em novembro para 6,58% ao mês em dezembro e atingiu o menor nível da série histórica, que começou a ser feita em 1995. Os dados foram divulgados pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças) nesta segunda-feira (16).
No ano, o consumidor brasileiro paga, em média, 114,84% de juros. Todas as linhas de crédito ficaram mais baratas para o brasileiro, com exceção do cartão de crédito, que manteve a taxa de 10,69% ao mês – ou 238,30% ao ano. Esta é a opção mais cara para o consumidor e, agora, está no maior nível desde junho de 2000, quando chegou a 10,7% ao mês.
Por outro lado, apesar de o indicado pelos economistas ser quitar todas as contas à vista, ficou levemente mais barato pegar grana emprestada no cheque especial, no comércio, no CDC dos bancos, no empréstimo pessoal em bancos e na mesma modalidade em financeiras.
Vale destacar que os juros do comércio e os do empréstimo pessoal em bancos e em financeiras são os menores da história. Nos casos do cheque especial e do CDC em bancos (financiamento de veículos), os juros são os menores desde outubro de 2011.
As principais razões para o recorde positivo para o consumidor das taxas de juros são, segundo a Anefac, as medidas do Banco Central e do Ministério da Fazenda "para incentivar o consumo e evitar que a nosso economia se retraia muito por conta do cenário externo (crise na Europa)".
Entre as mudanças estão a última redução da taxa básica de juros da economia (Selic), de 11,5% para 11%, e a queda do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas operações de crédito.
Empresas
Para as pessoas jurídicas, a taxa média de juros também diminuiu em dezembro e ficou em 3,87% ao mês ou 57,72% ao ano – menor patamar desde fevereiro do ano passado.
Das três linhas de crédito pesquisadas, todas reduziram suas taxas – capital de giro, desconto de duplicatas e cheque especial. O empréstimo mais caro ainda é a conta garantida – cheque especial, que cobra 6,14% de juros por mês.
A previsão da Anefac é que "as taxas de juros voltem a ser reduzidas nos próximos meses por conta das prováveis reduções da taxa básica de juros (Selic) conforme sinalizações do Banco Central, bem como de todas as medidas que o Banco Central e Ministério da Fazenda vem promovendo para evitar uma desaceleração forte em nossa economia".