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Marfrig perde R$ 746 milhões em 2011

Marcos Molina, presidente do Marfrig, conseguiu algumas vitórias ao longo de 2011

Ganhos, vale lembrar, puxados pelo aumento no preço da carne bovina no Brasil e pelo desempenho acelerado do segmento de food service.

Essas pequenas vitórias, contudo, não foram suficientes para livrar o Marfrig de um prejuízo líquido de R$ 746 milhões no ano passado, ante um lucro líquido de R$ 146,1 milhões em 2010.

O resultado negativo não é uma grande surpresa, uma vez que no quarto trimestre de 2011 o Marfrig registrou prejuízo líquido R$ 138,6 milhões, ante um lucro líquido de R$ 161,1 milhões no mesmo período de 2010.

No terceiro trimestre, a companhia já havia apresentado resultado negativo de R$ 540 milhões. Segundo a companhia, o mau desempenho do ano é fruto do efeito contábil causado pela apreciação da variação cambial sobre o saldo da dívida em dólar e também do aumento dos juros provisionados.

Agora, diante da estratégia do Marfrig de partir para a diversificação geográfica e também de proteína, o que Molina quer é trazer à companhia condições de lucratividade sustentável no médio a longo prazo.

"Continuamos trabalhando com o controle rígido de investimentos em ativos fixos, nas contas de capital de giro e na disciplina financeira, para aumentar nossa geração de caixa operacional em 2012", diz Molina, em comunicado.

Para 2012, Molina diz que perseguirá melhorias operacionais e a captura de sinergias através da reorganização da estrutura da companhia; buscará reduzir custos e despesas e atuar com uma gestão eficiente de capital de giro; realizará um controle rígido das necessidades de capital de giro; e adotará perfil conservador de caixa e de endividamento, com foco em desalavancagem.

Quarto trimestre

Nos últimos três meses de 2011, o Marfrig atingiu receita líquida recorde de R$ 5,79 bilhões, salto de 8,8% em relação ao mesmo período de 2010.

A margem Ebitda, contudo, caiu.A companhia registrou 8,1%, ante os 9,5% de 2010 e atribuiu o tombo ao real apreciado até setembro de 2011, com impacto negativo nas exportações; além de motivos como alta no preço dos grãos.