O momento mais crítico da inadimplência ficou para trás e há espaço para redução, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. No caso do crédito com recursos livres, a inadimplência (como são considerados atrasos superiores a 90 dias) para as famílias caiu 0,1 ponto percentual na passagem de fevereiro para março e chegou a 7,6%.
4
Momento mais crítico da inadimplência ficou para trás, afirma BC
Continuidade do crescimento da renda e do emprego gera condições favoráveis para que as famílias consigam horar compromissos
Segundo Maciel, houve aumento da inadimplência no passado, principalmente, no crédito para as famílias. “De lá pra cá, há uma redução gradual dessa inadimplência”, disse. A maior taxa de inadimplência desse segmento registrada no passado foi 8,2%, em maio, agosto e setembro.
De acordo com ele, a alta da inadimplência no ano passado é explicada ainda pelos financiamentos de compra de carros com prazos muito longos e com menos exigências dos bancos para a concessão de crédito, em 2010. Segundo Maciel, esses financiamentos geraram efeitos em 2011 e no ano passado, mas com melhora da situação, devido à mudança nos critérios dos bancos para conceder crédito.
Atualmente, segundo Maciel, a continuidade do crescimento da renda e do emprego gera condições favoráveis para que as famílias consigam horar compromissos. Além disso, o recuo no custo dos empréstimos favorece a queda da inadimplência.