A Nova Ferroeste deverá atender a uma demanda de transporte de 26 milhões de toneladas de carga quando estiver em plena operação. Ao final dos 60 anos de concessão, a projeção é de que a malha ferroviária esteja transportando 38 milhões de toneladas de carga anuais. Esse volume estimado representa cerca de 2/3 da produção do agronegócio dos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e também do Paraguai, sendo que 69% das cargas deverão ser destinadas para a exportação e importação e 31% para o mercado interno. Na lista de produtos que devem ser transportados pela ferrovia estão a soja, o milho, trigo, açúcar, óleo e farelo de soja, carnes, adubos, fertilizantes e combustíveis.
Esse foi um dos destaques do Estudo de Demanda da Nova Ferroeste, atualizado pelos Governos do Paraná e de Mato Grosso do Sul e apresentado pelos governadores Reinaldo Azambuja (MS) e Ratinho Junior (PR), nas reuniões com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina; com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas e a com a secretária Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Ministério da Economia, Martha Seillier. Os encontros ocorreram no dia 18 de maio, em Brasília.
A Nova Ferroeste será um investimento privado, com extensão total de 1.285 quilômetros, ligando a cidade paranaense de Cascavel a Maracaju. Os trilhos dessa nova malha ferroviária deverão ser, em princípio, de bitola mista (estreita e larga) e vão entrar em Mato Grosso do Sul pelo município de Mundo Novo e seguirão pelo Estado passando por Eldorado, Iguatemi, Amambai, Caarapó, Dourados e Itaporã, até chegarem a Maracaju. No Paraná, o projeto ainda engloba um novo traçado entre Guarapuava e Paranaguá; um ramal multimodal ligando Cascavel e Foz do Iguaçu; além da revitalização do atual trecho da Ferroeste, entre Cascavel e Guarapuava.
De acordo com a atualização do Estudo de Demanda da Nova Ferroeste, a ferrovia deverá ter um impacto de 3% no PIB brasileiro, vai beneficiar uma população de 9 milhões de pessoas e, conforme informado nos relatórios preliminares, o escoamento da produção de Mato Grosso do Sul terá o maior percentual de economia, com uma redução de custos de 32% no transporte até o Porto de Paranaguá. No total, o “Custo Brasil” de exportação/importação de carga deverá ter um queda de R$ 2,4 bilhões no Ano Zero.