Hélio Rotenberg, presidente da Positivo, estava em êxtase na tarde de ontem. O motivo estava registrado em dezenas de fotos: a presidente Dilma Roussef e a primeira ministra alemã Angela Merkel sentaram-se e testaram a mesa educativa infantil que a empresa expõe em Hannover, na CeBit.
O produto é peça-chave na estratégia de expansão internacional da empresa na área de educação e, após a presença das duas chefes de governo, Rotenberg conversou com instituições de ensino do Cazaquistão, Egito e Rússia, interessadas em comprar o produto.
Apesar de suas mesas educacionais já estarem presentes em mais de 40 países, o mercado internacional ainda não é significativo para esta divisão da Positivo e representa apenas 2% da receita de conteúdo para educação.
Apenas entre dez entre quinze clientes fizeram compras de mais de dez unidades da mesa. O objetivo agora é ampliar o leque de produtos e, assim, crescer fora do Brasil.
Além das mesas educacionais, que usam recursos como a realidade aumentada para ensinar matemática e línguas, a empresa vai oferecer agora a outros países produtos como uma mesa que usa tecnologia sensível ao toque e software para tablet que simulam problemas de física, por exemplo.
"Nosso principal desafio é vender um novo conceito, algo que não é uma commodity", diz Juliano Fontes Fornasaro, gerente de vendas internacionais. O executivo tem passado metade do tempo em viagens para países como a Índia, por exemplo, que tem mais de mil alunos utilizando as mesas da Positivo.
"Na semana passada fechei um contrato com o estado de Águas Calientes, no México, para fornecimento de 350 mesas", conta.
Para a empresa, o diferencial da Positivo no mercado internacional é ser uma empresa que possui tanto o foco tecnológico, por conta da divisão de informática, quanto educacional, com o sistema de ensino próprio. Hoje, o grupo, além de ser o líder do mercado brasileiro de PCs segundo dados da IDC, possui um sistema de ensino com 2,1 mil escolas conveniadas. *A repórter viajou a convite da T-Systems.