O tomate, o mamão papaia e a conta de luz foram os itens que mais pesaram na inflação da baixa renda em novembro. O IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1), que mede a variação de preços entre as famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos (ou R$ 545 e R$ 1362,50), subiu 0,5% em novembro, após ficar em 0,11% em outubro.
Os números da FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostram que a inflação quintuplicou de um mês a outro. Em uma conta simples, vale dizer que se um quilo de tomate que custava R$ 20 em agosto, valeria R$ 20,02 em outubro. Mas os mesmos R$ 20 em outubro, passaria a valer R$ 20,09 no mês passado.
De janeiro a novembro, índice acumula altas de 4,94%. Em 12 meses, subiu 5,84%.
A taxa do IPC-C1 em novembro ficou abaixo da variação média de preços entre famílias com renda mais elevada, de até 33 salários mínimos mensais, medida pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e que subiu 0,53% no mesmo mês. O IPC-C1 também foi menor do que as taxas acumuladas do IPC para o ano (5,52%) e para 12 meses (6,29%).
Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços de outubro para novembro. É o caso de alimentação (de -0,16% para 0,63%), saúde e cuidados pessoais (de -0,01% 0,49%), vestuário (de 0,74% para 1,27%) e despesas diversas (de 0,01% para 0,37%).
Em contrapartida, houve desaceleração de preços em educação, leitura e recreação (de 0,44% para 0,28%) e habitação (de 0,45% para 0,43%).
Entre os produtos pesquisados, as mais expressivas elevações de preços foram detectadas em tomate (16,71%), mamão da Amazônia – papaia (22,48%) e tarifa de eletricidade residencial (1,25%). Já as mais expressivas quedas foram registradas em leite tipo longa vida (-4,92%), alho (-11,66%) e limão (-7,57%).