A ex-jogadora de vôlei de praia Adriana Behar passou os últimos dois dias em Três Lagoas visitando projetos e programas sociais. A vinda de Adriana até a Cidade é devido a um projeto de uma rede bancária chamado “Embaixadores do Esporte”, no qual ela e outros ex-atletas considerados ídolos fazem parte. O projeto existe há seis anos e tem como objetivo fazer a ligação de jovens e crianças com atletas de grande sucesso na vida e na carreira. Além do contato com as crianças, ex-jogadores como Carlão, Paulão e Sandra Pires (vôlei), também o estabelecem uma relação próxima com clientes e funcionários do banco, palestras e até mesmo “jogos exibição” com a presença de todos no mesmo local.
Em Três Lagoas, a jogadora que se aposentou há dois anos, conheceu as dependências do Crase (Centro de Referência Assistencial e Educacional) “Coração de Mãe” e da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB). Adriana rasgou elogios ao Crase. “É o maior que eu já vi. Claro que eu não fico muito tempo nos lugares que passo, mas fiquei encantada com a capacidade de assistência e a estrutura de lá”, frisou. Nos dois locais, a carioca que já foi “Rainha da Praia”, recebeu homenagens, conversou com crianças e abriu espaço para que elas fizessem perguntas.
Adriana considera fundamental os projetos ou programas sociais na tentativa de acabar ou diminuir com a criminalidade, mas, segundo ela, essas não devem ser as únicas iniciativas. “Educação é fundamental, segurança é importante, combater a criminalidade que já existe também é. Mas é lógico que esses projetos tiram a criança do ósseo, o esporte é fundamental também”, disse.
EMOÇÃO
Na AABB, Adriana observou atentamente cerca de 230 crianças cantando a música “Como Zaqueu”, do cantor Régis Danese. “Fiquei emocionadíssima, dá vontade de chorar. Aprendemos tanto com essas crianças que dá medo só de imaginar que um dia os sonhos delas podem não se realizar”. Durante o bate papo com os alunos, Adriana falou sobre amor ao esporte, dedicação, sonhos, valorização do trabalho em grupo, drogas, entre outros. “Sempre fiz tudo com muito amor e sempre acreditei no meu sonho”, contou.
OLIMPÍADAS
“O esporte coloca na vida da criança conceitos básicos de cidadania, disciplina e complementa a educação. O maior desfio das Olimpíadas no Rio será a o investimento na pessoa, no ser humano. O legado que vai ficar é a reestruturação e a alavancada que o esporte terá com a realização dos jogos”, assim Adriana definiu o que representará o evento a qual o Brasil adquiriu o direito de sediar em 2016. Evento aliás, que ela fez parte do Comitê Organizador e participou da apresentação do Rio em Copenhague, na Dinamarca, no dia do anúncio oficial da cidade sede. Para os que são contra os jogos por aqui, mandou o recado. “A ordem dos fatores não altera o produto. Se o País não mudou até agora, que seja então através do esporte. Essa pressão é importante para que ocorram essas mudanças. Torço e espero que seja a salvação do Brasil, mas cada um tem que fazer a sua parte”, finalizou.