A segunda vitória no atual campeonato, no último domingo (13), em Monza (ITA), deixou o brasileiro Rubens Barrichello a 14 pontos do líder, Jenson Button. A diferença poderia ser menor, não fossem os erros de tática da equipe dele, a Brawn GP, somadas as falhas mecânicas no carro. Rubinho teve sete provas com problemas, enquanto o inglês, seu companheiro, ainda não passou por essa situação. O brasileiro perdeu pelo menos 20 pontos, que o deixariam na frente de Button.
No GP da Austrália (primeiro do ano), começaram os problemas. Na largada, o carro de Barrichello demorou a partir, devido a um problema na embreagem eletrônica. Rubinho ainda foi atingido na traseira por Mark Webber na primeira curva, mas conseguiu se recuperar e chegou em segundo. Porém, poderia ter lutado pela vitória.
Na segunda corrida (GP da Malásia), outro problema. A Brawn GP decidiu trocar o câmbio do brasileiro, após a falha na largada da Austrália e a batida de Mark Webber. Barrichello, que tinha marcado o terceiro tempo no grid, caiu para oitavo, por causa da punição que prevê o regulamento e o fez perder cinco posições no grid. Com a chuva que interrompeu a corrida antes da metade, ele só conseguiu se recuperar até a quinta posição.
Os contratempos continuaram na quinta corrida de 2009 (GP da Espanha). Aí veio o primeiro erro tático. Barrichello marcou o terceiro tempo no grid e, na largada, conseguiu ultrapassar Jenson Button e Sebastian Vettel para assumir a ponta. No entanto, a Brawn GP decidiu apostar em uma estratégia de três paradas, contra duas de Button. Com isso, o líder do campeonato conseguiu superar o companheiro, que chegou em segundo.
Duas provas depois, na Turquia, o problema da embreagem se repetiu na largada. Barrichello, que era o terceiro, ficou parado no grid e caiu para a última posição. Ele ainda tentou se recuperar, mas acabou abandonando a corrida após um “enrosco” com Heikki Kovalainen, da McLaren, e Adrian Sutil, da Force India.
O GP da Alemanha foi a nona corrida da temporada 2009 e teve o segundo erro de tática da Brawn. O brasileiro largava em segundo. Com uma saída ousada, onde foi até tocado por Mark Webber, assumiu a ponta. A equipe inglesa apostou novamente em uma tática de três paradas, desta vez para os dois pilotos. Contudo, demorou demais na primeira e deixou Barrichello preso atrás de Massa, que tinha o Kers. Na segunda, um erro na mangueira de reabastecimento atrasou muito o piloto. No terceiro pit stop, o time chamou Button antes e inverteu as posições de pista: o inglês terminou em quinto e o brasileiro em sexto.
Na Hungria, a prova seguinte, o carro de Barrichello teve o problema com a mola do terceiro amortecedor, que se soltou do carro, a falha deixou o brasileiro apenas na 13ª posição do grid em uma pista com ultrapassagens quase impossíveis. No fim, um décimo lugar e nenhum ponto na corrida. A última falha mecânica foi na largada do GP da Bélgica. O brasileiro saía em quarto, mas teve novamente o problema de embreagem e caiu para último. Barrichello fez uma corrida de recuperação, subiu para sétimo e, quando ameaçava Kovalainen pelo sexto lugar, sofreu com um vazamento de óleo que o forçou a reduzir. Mesmo depois do sucesso do final de semana, Rubinho ainda tem futuro incerto na Fórmula 1. “Vamos ver. Estamos concentrados em cada corrida, e os dois estão fazendo um trabalho brilhante. Vamos deixar essa decisão de lado por agora”, disse o executivo da Brawn GP, Nick Fry.