Romário voltou. O gol não saiu, mas o Baixinho cumpriu a promessa feita ao falecido pai, Edevair. Ele vestiu a camisa do América em uma partida oficial e ainda soltou o grito de campeão. Com a vitória por 2 a 0 sobre o Artsul, anteontem no estádio de Edson Passos, o América levantou com uma rodada de antecipação o título da Segunda Divisão do Campeonato Carioca. O tradicional clube não comemorava uma conquista há 27 anos.
Em 1982, o América ganhou a Copa dos Campeões e a Taça Rio (segundo turno do Estadual). Responsável pela administração do futebol do tradicional clube carioca, Romário assumiu a missão de reerguer o América para homenagear o pai, Edevair, torcedor fanático do América. E estava muito emocionado.
“Não preciso nem dizer que é um dia especial para mim, porque estou representando alguém que foi muito importante na minha vida. Meu pai não está aqui na arquibancada para me ver vestir a camisa do América, mas tenho certeza de que está me acompanhando lá do céu”, disse o Baixinho. E, como sempre aconteceu em sua carreira, foi o centro das atenções após o apito final.
Cercado por jornalistas, torcedores e reverenciado pelos companheiros de time, em meio a um princípio de confusão e empurra-empurra, Romário era o exemplo da grandeza do América. E com uma taça nas mãos, deu a volta olímpica para sacramentar o retorno do Mequinha ao lugar de onde não poderia ter saído. A torcida alvirrubra agradece. De coração.