A falta de incentivo financeiro ao esporte paraolímpico deixou dois atletas de Três Lagoas, Pâmela Mathias e Natan Freitas Relíquias, sem possibilidades de disputar um importante campeonato de judô no final de semana passado.
Trata-se da 2ª Estapa do Gran Prix de Judô para Cegos e Deficientes Visuais, realizado em Niterói (RJ). O valor dos gastos seria de R$ 600 a R$ 800, mas não foi arrecadado. Ficou um sentimento ruim para judocas e o professor Gleyson Batista Sobrinho. “É revoltante. A gente mostra todas as vezes que com nosso trabalho o nome das empresas por aí. Mas as grandes estão apenas atrás do futebol. Fico indignado com tantos que podem ajudar e nada”, afirmou Gleyson.
O professor fez o que pôde para conseguir o dinheiro, mas não conseguiu. “Até um dia antes eu tentei. Na Prefeitura não conseguia falar com ninguém. Mas ouvi que a Sejuvel tava sem verba. Os empresários, os donos de estabelecimentos, não tive acesso e os que nos ajudaram antes falaram que nesse fim de ano não poderiam ajudar com mais nada”. Para ele, o problema está na cabeça das pessoas.
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E desistir jamais. “O judô é um esporte que nos ensina que temos que cair e levantar. Acho que tem muita gente que não olha para o esporte paraolímpico como esporte de futuro. Achava que não era assim, mas vi que é”, lamentou Gleyson.
RECEPÇÃO
Na manhã de ontem Pâmela e Natan, além de Rafael Borges de Lima, foram recebidos pela prefeita Simone Tebet no gabinete da Prefeitura. “Eles foram agradecer a viagem para Brasília”, afirmou o professor. Gleyson conta que aproveitou para pedir ajuda. “Falei para ela que estávamos indo lá com tristeza.
Contei que não conseguimos ir para o Rio. Alguns atletas como o Natan, não podem ficar sem competir porque estão pleiteando o Bolsa Atleta”, frisou. A próxima competição será dia 5 de dezembro. Os judocas vão disputar a Copa MS em Campo Grande. Mas essa competição está garantida. “A prefeitura cedeu um ônibus para os alunos do Crase, alguns alunos da academia vão pagar do bolso e até lanche para ser distribuído para a meninada já conseguimos”, confirmou o professor Gleyson.
