Uma das modalidades esportivas das Paraolimpíadas Escolares disputadas no último final de semana foi o judô. E Três Lagoas novamente ganhou medalhas para o Estado. Natan Freitas Relíquias de 13 anos, e Rafael Borges de Lima de 16 anos, faturaram medalha de ouro, enquanto que Pâmela Mathias de 13 anos, mesmo com um problema na panturrilha esquerda conquistou a medalha de prata.
As lutas aconteceram na escola CIEF em Brasília (DF). “A participação deles foi surpreendente. Não esperava que as lutas fossem tão boas. A Pâmela lutou machucada, o Rafael participou do primeiro campeonato e o Natan foi o destaque do campeonato”, avaliou o professor do Judô Clube de Três Lagoas, Gleyson Batista Sobrinho. Os três sofrem de deficiência visual, cada um em um nível diferente.
Pâmela acredita que se não estivesse machucada poderia ter ido mais longe. “Lutei com um pouco de dor, mas pensava em conseguir mesmo assim. Se não estivesse com esse problema tinha ganho o ouro, mas estou feliz”, completou. Natan não escondeu a felicidade de vencer mais uma batalha. “É mais um orgulho para Três Lagoas e a Academia. Foi muito bom, árbitros e professores me elogiaram. Nem esperava tanto. Rafael, que disputou o primeira campeonato da carreira, confessou que estava confiante. “É porque eu treinei muito mesmo. Essa medalha dá muita força para a gente. Importante também porque representamos Três Lagoas em um campeonato de nível nacional”, concluiu.
AJUDA
Depois de dois ouros e uma medalha de prata nas Paraolimpíadas Escolares, o desafio do Judô Clube de Três Lagoas agora é conseguir dinheiro para viajar para a próxima disputa. “Vamos para Niterói (RJ) neste final de semana e ainda não conseguimos nada. Mas nem que tiver que vender alguma coisa, a gente vai”, frisou o professor do Judô Clube de Três Lagoas, Gleyson Batista Sobrinho. A Prefeitura, uma loja de materiais de construção e uma rede de farmácias ajudaram na viagem anterior, porém, segundo Gleyson, para chegar ao Rio de Janeiro serão necessários entre R$ 600 e R$ 800. “A força de vontade deles é muito grande, mesmo diante dessas dificuldades, coisas que nós, considerados normais deixamos de fazer por medo de errar, eles encaram de peito aberto. Mas a questão do dinheiro precisamos resolver até amanhã de qualquer jeito porque a competição começa na sexta, dia”, finalizou.