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Rafinha vira destaque na imprensa nacional

Jornalista contou com a ajuda do Jornal do Povo para conseguir chegar até a jovem revelação

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O jornalista e repórter Victorino Chermont do canal pago Sportv esteve em Três Lagoas nos últimos dois (quarta 21 e quinta 22) dias para gravar imagens e conversar com Rafael de Souza Ferreira, o Rafinha, 20 anos, a revelação do futebol trelagoense.
 
Formação de jogadores de futebol e o excesso de pressão física e emocional a que jovens são submetidos. Esses são os temas centrais do programa Sportv Repórter, que deverá ir ao ar no começo de novembro. “Eu mesmo me lembrei do Rafinha. Ele apareceu muito bem no Corinthians, mas sumiu depois. Aos 18 anos ele já tinha duas operações nos joelhos”, disse Chermont. Outros personagens devem fazer parte da matéria do jornalista, que confessou ter encontrado muitas dificuldades para achar Rafinha.

“Liguei para o Corinthians, me falaram que ele não estava mais lá, que estava no Caxias-RS. Tentei no clube gaúcho, fui informado que ele não era mais jogador do clube e me passaram o telefone do empresário dele. Só que o tal empresário falou que o Rafinha não tinha mais vínculo com ele. Entrei na internet e achei o telefone do Jornal do Povo”, revelou. Chermont acredita que o excesso de pressão tenha levado Rafinha a não “decolar” até agora. “Eu já achava que era isso. Chegando aqui e conversando com ele, apenas comprovei”.

A grande preocupação do repórter é com o lado psicológico dos meninos. “Quem forma hoje em dia pensa apenas no produto e não com o ser humano. Só querem saber de vender por milhões para a Europa. Eu me preocupo com os que ficam. Será que eles formam o homem?”, questionou.

Para Victorino Chermont, a pressão sobre os jovens jogadores vem de todos os lados. “Por exemplo, quando um deles se machuca, sofre com cobranças da família, de leve, mas tem, cobranças do empresário que quer ganhar dinheiro com ele e do clube que quer ser campeão com ele. Tem empresário que acha que investir em um garoto é dar um celular, um carro e reformar o barraco da mãe dele”, denunciou. Rafinha, que saiu de casa aos 15 anos e jogou no Corinthians, no São Bernardo, no São Paulo e no Caxias-RS, gostou de ser lembrado pela imprensa nacional. “É sempre importante que aconteça essas coisas. Não é a primeira vez que dou uma entrevista, mas é um orgulho pessoal falar de Três Lagoas, falar da minha vida. Não é fácil sair de uma cidade pequena e enfrentar tudo que enfrentei”.

O jovem jogador destoa ligeiramente da maioria dos jovens na hora de responder sobre seus sonhos. Rafinha diz que quer continuar jogando, crescer no futebol, jogar na Europa, mas “não é só pelo dinheiro e sim pelo amor de jogar futebol”, frisou.