Uma jovem motociclista de 28 anos ficou ferida na tarde desta quarta-feira (17) ao se enroscar em um fio solto de um poste enquanto seguia para o trabalho no bairro Jardim Redentora, em Paranaíba. O acidente aconteceu por vota das 14h30min, no cruzamento das ruas Wladislau Garcia Gomes e Naim Agi, sentido Centro. Não se sabe de qual empresa pertencem os fios que causaram o acidente.
A vítima, Talia Martins, sofreu ferimentos no rosto, nariz e testa, além de prejuízos materiais. Abalada, ela contou que o impacto foi tão forte que chegou a pensar que pudesse ter deslocado o pescoço.
“Eu estou tremendo. Achei que ia morrer, porque o ‘safanão’ foi muito forte. Quando vi já estava enroscada no fio e tentando segurar a moto”, relatou.
Um motociclista que passava pelo local no momento do acidente prestou socorro à jovem e tentou remover o fio da via.
“Um cara que estava passando na hora parou, me ajudou e tentou retirar o fio que atravessava a rua. Por pouco ele também não enrosca no fio”, completou Talia.
Além dos cabos causadores do acidente e que foram retirados por populares, os postes do local ainda sustentam fios frouxos, oferecendo risco aos motociclistas que passam pelas vias.
Lei busca evitar situações como essa
O caso acontece poucos meses após a sanção da Lei Municipal nº 2.579/2025, que trata da remoção de cabos e fios inativos em postes de Paranaíba. A norma, de autoria do vereador Gilson Santana (PP) e sancionada pelo prefeito Maycol Queiroz (PSDB), foi publicada no Diário Oficial em junho deste ano.
Segundo o texto, a concessionária de energia elétrica — no caso de Paranaíba, a Energisa — é responsável por notificar as empresas de telecomunicações (telefonia, internet e TV a cabo) sobre a necessidade de alinhamento ou retirada de cabos e equipamentos desativados. A notificação deve ocorrer em até 15 dias após a identificação da fiação irregular, e as empresas têm 30 dias para regularizar a situação.
A lei prevê sanções administrativas para os casos de descumprimento, incluindo advertência por escrito e multas que variam de R$ 2 mil a R$ 50 mil, dependendo da gravidade da infração.
O objetivo da nova legislação é aumentar a segurança e a organização das redes aéreas no município, prevenindo acidentes como o ocorrido com Talia Martins.