Veículos de Comunicação

PORNOGRAFIA INFANTIL

PF de Três lagoas prende homem suspeito de armazenar material de abuso sexual infantojuvenil

Assistir cenas de crianças em atos sexuais ou nuas é considerado abuso sexual infantil e digno de cadeia

Mandado foi autorizado pela justiça de Campo Grande e três-lagoense preso após PF encontrar material pornográfico infantil no aparelho celular do suspeito: Divulgação/PF
Mandado foi autorizado pela justiça de Campo Grande e três-lagoense preso após PF encontrar material pornográfico infantil no aparelho celular do suspeito: Divulgação/PF

Nesta quinta-feira (30), a Polícia Federal prendeu uma pessoa durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em investigação sobre crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes nas redes sociais. A ação ocorreu em Três Lagoas (MS).

A operação, denominada “Escudo de São Miguel I”, foi deflagrada após autorização do juiz de garantias da 5ª Vara Federal de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, que expediu os mandados de busca e prisão contra alvos investigados pela corporação.

Durante o cumprimento das ordens judiciais, os policiais identificaram materiais que indicavam a prática do crime e deram voz de prisão ao suspeito, que foi encaminhado à Delegacia de Polícia Federal de Três Lagoas.

De acordo com nota divulgada pela PF, os delitos eram cometidos pela internet, na modalidade em que usuários assistem, armazenam e compartilham imagens e vídeos de crianças sendo abusadas sexualmente ou expostas em cenas de nudez e sexo explícito — conduta que caracteriza o crime de abuso sexual infantil.

A corporação ressaltou que, embora o termo “pornografia infantil” ainda conste no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a nomenclatura mais adequada é “abuso” ou “violência sexual infantojuvenil”, por refletir com maior precisão a gravidade e o caráter criminoso das ações. Segundo a PF, essas práticas representam formas extremas de violação dos direitos humanos e causam danos profundos às vítimas.

A Polícia Federal também reforçou o alerta a pais e responsáveis sobre a importância da vigilância e do diálogo com crianças e adolescentes, tanto no ambiente virtual quanto no físico. A orientação é acompanhar o uso de redes sociais, jogos e aplicativos, além de observar mudanças de comportamento, como isolamento repentino ou sigilo em relação ao uso do celular e do computador.

Por fim, a PF destacou que a informação e a conscientização são as formas mais eficazes de prevenção. Ensinar os jovens a reconhecer situações de risco e a buscar ajuda diante de contatos inadequados pode ser decisivo para evitar casos de abuso e garantir a proteção integral das vítimas em potencial.