A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul (ACS) não aceitou a proposta do governo estadual de reajuste com índice zero aos servidores militares. A ACS enviou ofício ao estado solicitando a reconsideração da proposta, e caso não haja acordo, os policiais vão promover aquartelamento. Uma Assembleia será promovida no dia 30 sábado, para definir o posicionamento dos policiais quanto à situação.
Ontem, em Campo Grande foi promovida uma reunião com membros da ACS de todo estado. No encontro ficou acertado que a Associação aguardará até a fim da próxima semana para realizar a sua Assembleia e definir as próximas ações, diante ao posicionamento do governo.
Gislomar Elias da Silva é diretor regional da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar em Três Lagoas. Ele explicou que a ACS quer negociar, conversar com o governador e entrar em um acordo. “Marcamos nossa Assembleia para um sábado, deixando livre todos os dias da semana, para a reunião com o Azambuja”.
“Não pensamos em greve até a negativa do governo, mas estabelecemos o prazo até sexta 29, para ele nos receber”, disse o Diretor.
O Batalhão de Três Lagoas atende as cidades da região, e é composto por 250 profissionais. No Estado ao todo são 10 mil servidores, entre policiais militares, ambientais, rodoviários e bombeiros.
Por lei, a PM é proibida de fazer greve. Neste caso, os policiais promovem o aquartelamento, onde eles assumem o serviço, entretanto não saem para rua, ficam dentro do batalhão.
REIVINDICAÇÕES
A classe exige no mínimo a reposição salarial conforme índice de inflação de 7,8% do país. A data base dos servidores é no mês de maio, e as conversas começaram na segunda quinzena de abril. De acordo com a associação, o governo tem até o dia 25 para finalizar a negociação.
Em entrevistas divulgadas à imprensa, o Executivo alega que o aumento de maio foi antecipado para dezembro de 2014 e, por isso, não pretende corrigir os salários dos servidores na data base em 2015. As entidades representativas também não descartam judicializar o caso, já que parecer da PGE (Procuradoria-Geral do Estado) entende de outra forma a lei que fixou os subsídios dos servidores até dezembro de 2014.