A Associação dos Pais e Amigos do Excepcional (Apae) de Água Clara vem desenvolvendo, desde 2006, um trabalho de Equoterapia voltado para seis alunos atendidos pela instituição. O objetivo é trabalhar o desenvolvimento motor, o equilíbrio, paciência, disciplina e a relação com os animais.
Maracaju
Equoterapia ajuda alunos da Apae de Água Clara no desenvolvimento motor
Hoje seis alunos são atendidos pela instituição em uma chácara emprestada
Conforme informa a diretora da Associação, Maria Cristina Martins Ribeiro Carnelós, toda terça-feira, durante toda a manhã, os pacientes participam da aula que recebe o apoio de profissionais com formação em equoterapia, como um psicólogo, uma fonoaudióloga, uma fisioterapeuta e um pedagogo. “Os primeiros resultados vêm rápido. Tínhamos um aluno agressivo e agitado, mas logo nas primeiras aulas ele mudou o comportamento, foi ficando mais calmo e passou a interagir melhor com as pessoas do seu convívio. A diferença é visível”, alegra-se a diretora.
Segundo Cristina, os profissionais trabalham o equilíbrio físico, por meio da marcha do cavalo. “Conforme o animal vai cavalgando, o paciente acaba buscando o equilíbrio do corpo e assim fortalece alguns músculos, além de fazer com que ele tenha mais confiança. Também é trabalhado o lado lúdico das crianças, fazendo uso de equipamentos específicos”, explica ela.
O atual espaço utilizado pela equipe da instituição para as aulas de equoterapia é uma chácara cedida pelo pecuarista Thomé e sua esposa Cristina. “No local há bastante sombra e o único cavalo utilizado também é de propriedade do casal”, comenta ela. “Atendemos somente seis alunos, que tem entre 2 e 5 anos, porque não temos estrutura e equipe para atender todos os 32 alunos da Apae, com idade entre 01 a 40 anos, então, como o resultado é melhor nos pequenininhos, optamos por levar para eles”, completa a diretora.
Cristina cita que ela e sua equipe estão buscando parceiros que queiram doar animais para as aulas, equipamentos e um local próprio, uma sede que disponha de sombra. “Já contatamos algumas pessoas. Vamos aguardar a resposta, mas continuamos abertos aos apoiadores”, cita.
A diretora lembra que, foi justamente a falta de espaço físico que levou a instituição a suspender as aulas de equoterapia entre os anos de 2011 e 2012, tendo retornado no ano passado, após o casal Thomé ter cedido a chácara.
Ainda segundo ela, a ideia do projeto de equoterapia foi dos próprios terapeutas da Apae, que fizeram um curso especializado para aplicá-lo, conforme é exigido.