A paralisação de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal deve se encerrar nessa quinta-feira. A greve começou na terça e, de acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), afeta apenas as atividades operacionais e de investigação.
Os servidores pedem a reestruturação da carreira com reajustes salariais, a contratação de novos servidores e criticam a indicação por "critérios políticos" de funcionários sem experiência operacional para trabalhar no planejamento e coordenação da Copa 2014. A Fenapef quer a substituição desses profissionais por outros mais experientes na carreira.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do Sul (Sinpef-MS), Jorge Luiz Caldas, em Mato Grosso do Sul a paralisação nacional teve adesão de 60% dos agentes, escrivães e papiloscopistas aderiram à greve em Campo Grande, Corumbá, Ponta Porã, Dourados, Naviraí e Três Lagoas.
“O movimento tem objetivo de chamar atenção da sociedade para as dificuldades em condições de trabalho e infraestrutura que os policiais têm enfrentado nos últimos anos”, disse. "Não é intenção do sindicato prejudicar o atendimento à população", afirmou Caldas. Segundo ele, com a paralisação, as operações e investigações policiais serão prejudicadas. Já os serviços de emissão de passaporte, segurança privada, registro e porte de arma serão feitos normalmente.
De acordo com a Fenapef os aprovados em concursos públicos não suprem o número de agentes que se aposentam ou se desligam da PF.
“O governo congelou e sucateou a nossa carreira. somente a nossa categoria sofre esse tratamento. em 2000, o salário inicial de um agente federal era um pouquinho maior do que o auditor da Receita Federal. Atualmente, o nosso salário inicial equivale à metade da remuneração inicial de um auditor da Receita", afirma o diretor de comunicação da Fenapef, Renato Deslandes.
