
Nove pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito em ruas ou avenidas de Três Lagoas somente neste ano. O número, apesar de elevado, é maior que o total registrado em todo o ano passado e bastante inferior aos registrados em entre 2011 e 2014.
Há cinco anos, os acidentes mataram 27 pessoas no perímetro urbano de Três Lagoas – 2,2 pessoa/mês. No ano seguinte houve 25 mortes e se abriu uma sequência de quedas: 2013, 18; 2014, 17, e oito ano passado.
Os dados são da Secretaria Municipal de Trânsito e foram levantados a pedido do Jornal do Povo após a morte de um idoso no choque da moto que ele dirigia com um ônibus, no cruzamento da avenida Filinto Müller com a rua Egídio Thomé – a 1,6 mil metros de onde outra pessoa morreu em acidente de trânsito, dia 12 de maio – a primeira vítima fatal nas ruas da cidade, neste ano. Neste caso, o motorista morreu após bater o carro em uma árvore.
As informações foram divulgadas pela diretora da pasta, Creuza Ramos, para acompanhamento estatísticos de locais onde ocorrem mais acidentes e quais tipos de veículos são envolvidos. De acordo com os registros, a maioria dos acidentes com vítimas fatais tem envolvimento de motos – sete entre as nove. “O motociclista está sempre muito vulnerável a quedas e a choques. Mesmo assim, eles sempre são mais audaciosos [que motoristas de carros] e acham que podem ser mais rápidos, mais velozes. E, às vezes, o pior acontece”, observou Creuza.
LOCAIS PERIGOSOS
Ainda de acordo com o levantamento, entre janeiro e agosto deste ano houve 646 acidentes em Três Lagoas – a maioria colisões entre veículos (516), choques diversos (58) e atropelamentos (20).
Os locais com maior incidência de acidentes com mortes na cidade são as avenidas Filinto Müller e Ponta Porã, com duas mortes cada. Um dos acidentes com mortes foi o choque de dois motoqueiros, dia 19 de junho, na Ponta Porã. Morreram José Carlos Cardoso da Silva, de 32 anos, e Edvardo Marques Cardoso, de 43. Segundo registro da Polícia Militar no local, eles bateram de frente num trecho de tráfego de mão dupla na avenida. Um inquérito ainda apura as causas da batida.
Os outros locais com registros de mortes em batidas são a rua Maria Guilhermina Esteves, avenida Jamil Jorge Salomão, rua Evaristo de Almeida e a rodovia BR-262, no perímetro urbano.
Na Filinto Müller, o aposentado Pio Ramos da Silva morreu ao bater com a moto que pilotava na lateral de um ônibus, na quarta-feira (5), por volta das 5h45. Testemunhas disseram a policiais que o idoso e o ônibus trafegavam no mesmo sentido quando houve a batida. Familiares do aposentado disseram à reportagem que Pio Ramos seguia pela avenida e que a batida teria sido causada pela conversão do ônibus à esquerda para entrada na rua Egídio Thomé. O motorista do ônibus não foi localizado para falar do acidente.
Em decorrência deste acidente, Creuza Ramos apontou causas de batidas e fez um alerta: “A cidade voltou a ter maior fluxo grande de ônibus nas ruas e avenidas devido a expansões de indústrias. Assim, a atenção de motoristas deve ser sempre redobrada”, alertou. (Colaborou Thiago Bonfim)
Vítimas tinham entre 20 e 80 anos