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Três Lagoas

Área gramada do Cemitério perde padrão de sepulturas

Criada para ser estilo moderno de parque, maioria dos túmulos não obedece ao padrão pré-estabelecido

Quando chove, as vias de acesso que dividem as quadras tornam-se riachos intransitáveis -
Quando chove, as vias de acesso que dividem as quadras tornam-se riachos intransitáveis -

Adquirida há pouco mais de 10 anos, na administração do ex-prefeito Issam Fares, a área gramada do Cemitério Municipal Santo Antônio pretendia transformar-se em moderno estilo de sepultamento, onde acabariam as diferenças dos túmulos e jazigos, existentes nas alas mais antigas, para transformar-se em estilo parque.

O projeto inicial de sepulturas obedecendo todas ao mesmo padrão, era transformar essa parte do Cemitério, lado esquerdo de quem entra, numa grande área, totalmente gramada e arborizada, com alamedas de acesso bem definidas, separando as quadras de sepultamento.

O projeto previa sepulturas com o mesmo estilo de construção, com apenas uma placa padrão de identificação, medindo não mais do que 30 cm por 20 cm, onde constaria apenas o nome da pessoa falecida e ali sepultada, foto, data de nascimento e data do óbito.

Hoje, nessa área do Cemitério Municipal, são sepultadas, em média, mais de 200 pessoas por ano. Esse número fica abaixo da área mais antiga e tradicional, onde continuam sendo sepultadas anualmente mais de 320 pessoas. Na área onde as sepulturas são diretamente na terra, em covas sem divisões de tijolos e cimento, são sepultadas anualmente, em média, mais de 120 pessoas.

Ainda sem legislação específica que regulamente o serviço funerário municipal, as famílias, ao adquirirem o título de permissão de uso, por tempo indeterminado (hoje no valor de R$ 380), “acham que podem fazer o que bem quiserem, porque não existe uma fiscalização atuante e que mostre autoridade”, comentou uma simples senhora, que não quis se identificar.

Ontem, ela ajeitava umas flores junto à placa que identificava o lugar onde seu marido está sepultado, data de nascimento e data de sepultamento, obedecendo ao tamanho padrão.

A mesma crítica expressou Maria Sônia Alves Ribeiro, quando limpava a placa que localiza onde seu pai, José Ribeiro Miranda, está sepultado. “Não era para ser deste jeito. Algumas pessoas é que teimam em precisar demonstrar as diferenças de rico e mais pobre, Aqui somos todos iguais. Não adianta luxo e vaidade. Isso é coisa de vivos”, disse.

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