Bancários de Três Lagoas aprovaram, ontem à noite, o fim do movimento grevista que durou 21 dias e seguiram decisão de funcionários de bancos de outros 18 Estados, e aceitaram nova proposta de reajuste salarial e de benefícios. A greve deve prosseguir apenas em cidades de Mato Grosso e de Roraima. Em outros locais, os bancos devem reabrir hoje.
Para o fim da paralisação, os bancos ampliaram o percentual de reajuste para 10% contra 16% reivindicados pela categoria.
A sindicalista Thelma Canisso, presidente do sindicato de Três Lagoas, destacou que tratou-se de “um movimento muito duto” em que os bancos estavam resistentes quanto a conceder aumento. “Primeiro apresentaram proposta de abono de R$ 2,5 mil e 5,5 % de reajuste. A greve manteve-se forte e fez com que essa resistência fosse quebrada”, abrindo duas rodadas seguintes.
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Na posterior, os bancos ofereceram pouco mais de 7,8% e ainda não houve acordo. No final de semana, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) decidiu ampliar a oferta. “A proposta não é a ideal, mas diante do cenário atual, conseguimos repor a inflação com reajuste de 10% nas verbas salariais, na participação dos lucros e 14% no vale alimentação e no ticket refeição”, comemorou Thelma.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a volta ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.
