As duas últimas semanas estão sendo marcadas pelo calor intenso na cidade. A temperatura tem refletido diretamente no comércio. Um dia de sol forte é suficiente para aumentar as vendas de diversos produtos entre eles ventiladores, condicionadores de ar, água, sorvete e até bebidas alcoólicas.
Ontem, com a chegada oficial do Verão, a tendência é que o calor aumente ainda mais na Cidade. A previsão hoje é que temperatura chegue a 34 graus, com céu parcialmente nublado e pancada de chuvas no decorrer do dia.
O número do consumo de bens duráveis é um dos que mais está crescendo quando o assunto é vendas. No camelódramo, por exemplo, a venda de ventiladores aumentou consideravelmente. Segundo Sandra de Oliveira, o número de aparelhos chega a 30 por dia. “Antes dessa onda de calor nós estávamos vendendo no máximo cinco por dia. Agora estamos vendendo de 25 a 30”, comentou.
Em um outro box, a venda aumentou mais de 200%. Daniela Corrêa acredita que a tendência é vender cada vez mais. “Nós vendíamos em média três ventiladores por dia. Com esse calor não vendemos menos de 10 ao dia”, conta. No camelódramo os valores vão de R$ 50 a R$ 100, dependendo de modelo e tamanho.
Em uma loja especializada na venda de condicionadores de ar, segundo o gerente, Marco Canisso, no mês de novembro e começo de dezembro foram instalados 200 aparelhos. “Nosso prazo de entrega é de dois dias. Em novembro tivemos alta na procura e por isso colocamos mais uma equipe para fazer as instalações. Em todo Brasil está faltando aparelho. A fábrica nos pede um prazo médio de 30 dias”, relata.
A loja possui quatro equipes para fazer as instalações. “Uma média de 20 aparelhos são instalados ao dia, mas a demanda é maior. Antes do aumento da temperatura, eram feitas, em média, quatro instalações ao dia”. Um condicionador de ar pode ser encontrado a partir de R$ 1,6 mil.
REFRESCO IMEDIATO
Outro setor que cresce com o aumento da temperatura é o alimentício. Muita gente procura aliviar o calor tomando água de coco e sorvete. Nas distribuidoras de água mineral, por exemplo, o aumento é de 20% a 30%. De acordo com o proprietário, André Mussa Martins, em dias normais 100 galões são entregues. “No calor o aumento chega a 30%, é um volume considerável. No frio, a nossa queda é acentuada, quase 70% de redução. Embora o aumento das vendas no verão não superem a queda do inverno a mudança já é considerável”.
Martins explica que quando mais calor, maior o volume de vendas. “Na segunda-feira sempre temos um pico de vendas”.
Em uma sorveteria, o aumento também é de 20%. “No ano passado nosso aumento foi de 50%. Esse ano estimamos um aumento, até o final de dezembro de 35%”. Jerson Rodrigues explica que a queda acentuada se deve a crise. “Com pouco dinheiro o consumo diminui. Mesmo assim esperamos que as vendas aumentem até o final do ano”.
Em uma casa especializada na venda de picolés a meta é fabricar dez mil ao dia. Em uma conveniência de bebidas, o movimento também é intenso, por dia são mais de 100 caixas de cerveja, no final de semana o número passa de 500.