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Três Lagoas

Capoeira marca Semana Nacional do Excepcional

Centro da cidade cedeu espaço na manhã de ontem para uma roda de capoeira

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Quem passou pela praça Ramez Tebet na manhã de ontem provavelmente parou para conferir um pouco da alegria que contagiava o local. No cruzamento da avenida Antonio Trajano com a rua Paraíba um grupo de pessoas jogava capoeira e chamava atenção de quem passava. Muitos curiosos pararam e prestigiaram a apresentação. Mas, muito mais do que apresentação, a cena que mudou o cotidiano da cidade por algumas horas tem causa, razão e objetivo – A luta pela acessibilidade intelectual.

A mobilização se refere a Semana Nacional do Excepcional, que vai de 21 a 28 de agosto. O objetivo é chamar a atenção das pessoas para o conhecimento do trabalho desenvolvido pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Este ano a associação optou por não divulgar a semana como forma de protesto as medidas anunciadas pelo Ministério da Educação (MEC).

De acordo com o presidente da Apae, Odemar José Leonardo, esta foi uma medida escolhida pelo grupo para protestar. “Estamos descontentes com o MEC. Por isso adotamos essa medida. Nossa intenção era que as pessoas viessem até nós. E acredito que alcançamos o objetivo”, salientou.

Com o tema “Tome uma atitude, quebre as barreiras e construa você também a acessibilidade para a pessoa com deficiência intelectual”, todas as associações do país iniciaram a semana de comemoração. “As pessoas precisam saber que acessibilidade não é apenas a construção de barreiras físicas, como rampas e elevadores. Acessibilidade é muito mais do que isso, é mais complexo”, explica a diretora pedagógica, Giselda Alves.

A semana de comemoração ainda terá um dia especial da pizza e um passeio no rancho. “Teremos programação durante toda semana. Todos os anos passamos o dia no rancho, esta é uma das maneiras de comemorarmos”.

A Semana Nacional do Excepcional foi criada em 1964. As Federações das APAEs em seus diferentes níveis realizam a celebração junto à comunidade, oportunizando também voz e espaço à alunos e auto-defensores, profissionais, pais e amigos da causa para sensibilizar e conscientizar a sociedade e os órgãos públicos e privados sobre os direitos fundamentais de cidadania das pessoas com deficiência.