O final do mês de março é a previsão para a conclusão da reforma do prédio que abriga a 1ª Delegacia de Polícia e a Delegacia Regional. O local também recebe a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) à noite, nos fins de semana e feriados. Em anexo, também funciona a Delegacia de Investigações Gerais (DIG). A informação foi repassada ao delegado Regional, Vitor José Fernandes Lopes, pela direção da construtora Galaxy. De acordo com o delegado, ainda é necessário finalizar a reforma das celas da cadeia pública, instalar os equipamentos de informática e telefonia – sob a responsabilidade da empresa Dicorel, de Campo Grande-, e, para concluir as obras, realizar a pintura do prédio.
Segundo Lopes, a reforma, disponibilizada pelo governo estadual, foi orçada em R$ 480 mil. Além disso, há mais um adicional, em valor não divulgado, para a construção de dois banheiros em duas salas – uma de identificação (local onde o cidadão vai retirar o RG) e a outra para uso da Polícia Militar. O recurso para a construção das duas salas foi viabilizado por meio de ação mitigadora da empresa Eldorado Brasil, aprovada pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul).
O delegado regional conta que está difícil trabalhar em meio a essa reforma. “Estamos apertados em salas adaptadas e a internet é precária. Tudo isso causa transtornos ao trabalho da equipe”, disse. E continuou: “Desde o início, a Polícia Civil teve de ser distribuída em prédios emprestados. A DIG está no prédio da antiga escola estadual João Ponce. A 1ª DP foi remanejada para uma instalação adaptada na DIG e a Delegacia Regional foi para o antigo prédio do Fórum”. A tendência, porém, é de que todas retornem ao local onde estavam após a conclusão da reforma.
Outro transtorno, segundo Lopes, é quanto à cadeia pública que funciona na unidade e que foi interditada pela Justiça por conta das condições precárias oferecidas aos presos. A instituição recebia em média 60 presos por mês. Hoje, esses detentos são encaminhados diretamente à Penitenciária de Segurança Média.
Esses contratempos, que eram para terem durado poucos meses, já se estendem por anos. A conclusão estava prevista para janeiro de 2012. Um dos motivos da demora foi a necessidade de abertura de um novo processo licitatório, depois que a empresa vencedora abandonou a construção. As festas de fim de ano (2012) e o período chuvoso também estão entre os itens que ajudaram a atrasar as obras.
CAOS
A estrutura física da 1ª Delegacia necessitava de reforma. O prédio estava tão caótico que, em dezembro de 2011, a juíza Rosângela Alves Fávero interditou a cadeia pública. Na época, a Justiça entendeu que o local não tinha condições de receber presos. Muitas salas da delegacia eram divididas com material precário, que agora receberam divisões de alvenaria. Além disso, havia também problemas hidráulicos e elétricos, já reparados.
Após a conclusão da reforma, a interdição da cadeia pública deverá ser revogada. Assim, os presos deverão aguardar, por um ou dois dias, na cadeia pública a transferência para os presídios da cidade e do estado.