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Três Lagoas

CRAM já atendeu a mais de 200 vítimas de violência

Uma média de 17 mulheres são atendidas por mês

Lorena Mariá explicou o objetivo do CRAM -
Lorena Mariá explicou o objetivo do CRAM -

O Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAM) registrou 230 atendimentos, no primeiro semestre deste ano. O número mostra que, em média, 38 mulheres procuram ajuda todos os meses. No ano passado, de setembro a dezembro (primeiro período de atendimento desde que foi inaugurado em agosto do mesmo ano), o CRAM atendeu a 70 mulheres – uma média de 17 por mês. As estatísticas mostram que o número de vítimas que se preocupam em procurar seus direitos vem crescendo consideravelmente.

De acordo com a assistente social e coordenadora do CRAM, Lorena Mariá Rodrigues, além dos atendimentos, a equipe do centro, composta por advogados, assistentes sociais e psicólogos, já palestrou para mais de 700 mulheres nos programas da Secretaria de Assistência Social, desde que foi inaugurado no município. Durante os encontros, os profissionais esclareceram os tipos de violência existentes e, principalmente, que eles não se resumem apenas à agressão física. Além disso, também falaram sobre os serviços oferecidos pelo CRAM.

O CRAM é mantido pela Secretaria Municipal de Assistência Social e tem o objetivo de oferecer todo suporte necessário às mulheres que sofrem algum tipo de violência doméstica. Segundo Lorena, na maioria dos casos, a vítima vai até o centro na intenção de consultar o advogado a fim de conhecer seus direitos no caso de divórcio ou separação.

Entretanto, a partir do momento em que elas passam a ser atendidas, começam a perceber que não devem se prender apenas às questões judiciais. “Após um bate-papo com a psicóloga e assistente social, elas passam a perceber que o caso está muito além do que elas imaginam”, explicou. Destacou ainda que algumas mulheres nem sabiam que eram vítimas de violência e passaram a perceber isso após chegar ao CRAM. “Elas não sabiam que ser menosprezada pelo parceiro, ter objetos pessoais da vítima destruídos ou serem humilhadas também significam agressão”, disse.

GRUPOS
A cada 15 dias, o CRAM realiza uma reunião com as mulheres vítimas de violência e com aquelas que já conseguiram superar o drama. Segundo Lorena, a equipe psicossocial debate temas ligados à autoestima e à importância da valorização de cada uma delas. “As mulheres que já conseguiram romper o ciclo da violência dão seus depoimentos de superação”, disse.

As interessadas em receber atendimento ou tirar alguma dúvida podem ir até o CRAM, localizado na rua 15 de junho, número 544, no bairro Santos Dumont, de segunda a sexta-feira, das 7 às 17h. O telefone para contato é o 3929-1038.