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Três Lagoas

Cresce índice de infestação do mosquito da dengue em TL

O município é considerado região endêmica, por isso o monitoramento dos focos do mosquito é feito constantemente

Na primeira semana de janeiro índice de proliferação está três vezes maior -
Na primeira semana de janeiro índice de proliferação está três vezes maior -

O Levantamento de Índice Rápido Aedes Aegypti (LIRA) realizado na primeira semana deste ano, revelou um resultado preocupante. O índice de infestação do mosquito transmissor da dengue em Três Lagoas é de 3,9%, número três vezes maior que o tolerado pela Organização Mundial de Saúde, que é de 1%.

Segundo a responsável pelo setor de Vigilância em Saúde, Angelina Zuque, “este número alarmante é resultado do excesso de chuvas que vem atingindo a cidade neste mês. Quanto maior for à incidência de chuvas, maior é o índice de infestação do mosquito”. O setor está concluindo o relatório final para divulgar os bairros com o maior incidência do mosquito da dengue.

O levantamento mostra que a grande maioria dos focos estão no lixo (recipientes plásticos e latas), sucatas e entulhos e em depósitos móveis
(vasos de plantas, pratos e bebedouros de animais).

Conforme Angelina, os agentes de endemias realizam um trabalho permanente para conter a proliferação do mosquito, porém, a colaboração da população é essencial. “Não adianta os agentes se mobilizarem, se a população não eliminar os possíveis criadouros do mosquito”, enfatizou.

Angelina informou que existem várias pessoas com suspeita de dengue, mas nenhum caso foi confirmado. “Os índices de proliferação são assustadores e merecem atenção especial de toda a população. É dever de cada cidadão, entidade, instituição ou empresa, cuidar para barrar toda e qualquer condição favorável à proliferação do mosquito Aedes Aegypti”, alertou.

Ela apela para que todos os moradores contribuam para eliminar os depósitos que possam ser criadouros do mosquito da dengue. O período de chuvas também dificulta o trabalho dos agentes de endemias que realizam as visitas domiciliares. A grande quantidade de terrenos baldios, sujos e cobertos pelo mato também favorece a proliferação.

Preocupa também o fato de algumas obras de construção que nesta época paralisam as atividades. Nos canteiros de obras, as masseiras podem servir de criadouros do mosquito. “Estamos orientando os responsáveis por essas construções que entrem em contato com o setor de endemias pelo telefone 3929-1862 para obterem outras informações”, concluiu.

O município é considerado região endêmica, por isso o monitoramento dos focos do mosquito é feito constantemente pelos mais de 50 agentes que atuam em diversos pontos da cidade.