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Polêmica

Demolição de quiosque na Lagoa Maior. ACOMPANHE ATUALIZAÇÃO DO CASO

Mulher que diz ter investido R$ 50 mil no local será obrigada a deixar imóvel

PMs conversam com a comerciante - Ana Cristina Santos/JP
PMs conversam com a comerciante - Ana Cristina Santos/JP

A Polícia Militar foi chamada pela Prefeitura de Três Lagoas para auxiliar no cumprimento de um mandado de reintegração de posse de um imóvel público ocupado há 10 anos pela comerciante Janete Santana França. O imóvel é um quiosque de venda de sucos e salgadinhos, na Lagoa Maior – principal cartão postal da cidade.

A determinação para desocupação do imóvel foi dada pela juíza Aline Beatriz de Oliveira Lacerda,da Vara da Fazenda Pública, após descumprimento de acordo fechado entre a prefeitura e comerciantes que foram autorizados a se instalar em quiosques erguidos pelo município no local.

Os quiosques foram construídos em 2007 após assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre prefeitura, Ministério Público Estadual e os comerciantes. O TAC foi uma maneira encontrada para por fim a uma decisão judicial que determinava , a pedido do Ministério Público, a retirada de barracas de lanches de calçadas e canteiros centrais de avenidas. 

Se resistir em deixar o local, a comerciante pode ser levada presa por desobediência judicial.

Acompanhe:

8h00 – Comerciante Janete Santana de França chega no quiosque. Ela pretende resistir contra mandado judicial de desocupação do imóvel;

9h30 – Funcionários da Prefeitura chegam para cumprimento de mandado de desocupação; Janete se tranca no quiosque e resiste a sair, e a Polícia Militar é chamada;

10h00 – Janete se mantém trancada, mesmo com a presença de policiais da Rotai (Rondas Ostensivas e Táticas do Interior) – grupo de elite da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul;

10h00 – Vereador Gilmar Tosta (PSD) chega ao local e intervém para tentar impedir a desocupação. O político alega que não há ordem de desocupação;

10h30 – Vereador exige apresentação de mandado de demolição do quiosque; diretor de Desenvolvimento, Cristóvão Henrique, diz que imóvel é público e decisão de demolição é do município;

10h45 – Janete é levada à Delegacia da Polícia Civil para tentativa de acordo e quiosque é lacrado; desocupação ou demolição serão discutidas;

11h00 – "Não podemos deixar tudo à revelia", disse Cristóvão Henrique, diretor de Desenvolvimento, sobre o cumprimento da ordem judicial; prefeitura abre ocorrência policial contra comerciante por desobediência;

11h00 – Polícia Civil analisa situação sobre possível prisão de Janete Santana França; advogados da prefeitura estão na delegacia;

11h30 – Comerciante telefona para advogados, em busca de apoio para manter resistência contra ordem judicial de desocupação do imóvel; demolição está mantida, afirma diretor de Desenvolvimento;