Ensino particular exige alto investimento

Investir na educação dos filhos, a cada ano que passa, tem peso no controle do orçamento doméstico e familiar e preocupa uma grande parcela da população de Três Lagoas. Apesar da maioria das escolas particulares não aplicar reajuste para o próximo ano, mas apenas alguns ajustes, que se tornaram necessários, pela defasagem de preços que vinham praticando, a mensalidade escolar sempre pesa no orçamento.

Do total da população estudantil de Três Lagoas, estimada em mais de 22 mil crianças, adolescentes e jovens, sendo 10,6 mil na rede municipal e 8,9 mil na estadual, estima-se que quase 3 mil estudem em escolas particulares da Cidade. São 850 crianças na Educação Infantil; mais de 1.650 nos nove anos de Ensino Fundamental; e perto de 500 alunos, distribuídos nos três anos de Ensino Médio. Maioria das escolas particulares prepara-se para um crescimento de até 10%, começando já a partir do próximo ano letivo. A expectativa desse crescimento é proveniente da perspectiva de grandes e médios empreendimentos industriais, previstos para se instalar no Município, nos próximos anos.

Parte desses alunos, de famílias de classe média alta, opta em estudar em grandes centros urbanos, já no último ano do Ensino Médio, como preparação ao Vestibular, com o intuito de aumentar as chances de ingressar nas mais conceituadas universidades do País. Esse privilégio é restrito a menos de 10% dos alunos que estudam em escolas particulares. Alguns são filhos de médicos e pretendem seguir a carreira dos pais.

Antes de decidir por uma escola da rede pública de ensino, onde as despesas se restringem à compra do material escolar, ou optar em colocar o filho ou a filha em uma escola particular, é necessário que a família faça as contas para verificar se tem ou não condições de arcar com esse alto investimento.

Na Educação Infantil, até à idade dos cinco anos, abrangendo Maternal I e II, e Jardim I, II e III, por exemplo, o custo anual da escola, sem contar material escolar e transporte chega a ser de R$ 2,7 mil a R$ 2,9 mil, o que equivale a 12 mensalidades, que giram em torno de R$ 240. A primeira parcela, correspondente ao mês de janeiro, vale como matrícula. Em algumas escolas, nesse valor está embutido o material didático, ou seja, as apostilas do método de ensino adotado por aquela determinada escola.

Levando em conta que a criança, em média, passa por uns três anos de Educação Infantil, antes de ingressar no Ensino Fundamental, o investimento na educação de apenas um filho, nesse período, chega a mais de R$ 10 mil.
Nos casos em que a família tem mais do que um filho na escola particular, todas elas adotam um desconto, que varia de 10% a 15% para a mensalidade do segundo. No Colégio Unitrês – Objetivo, por exemplo, o desconto é também oferecido a grupos de trabalhadores de uma mesma empresa, que têm sues filhos naquela escola.

O preço das mensalidades varia muito de uma escola para outra. No entanto, ao consultar os valores, o pai ou a mãe devem estar atentos aos chamados “valores agregados”, que estão embutidos no preço da mensalidade escolar.

Deve-se levar em conta a estrutura funcional da escola, o que ela oferece além da sala de aula, para a completa formação do aluno. Por exemplo, a escola Funlec, para alguns tida como uma das mais caras, o preço da mensalidade inclui toda uma série de benefícios, que são oferecidos ao aluno, sem qualquer acréscimo ou cobrança extra. Ele tem oportunidade de frequentar uma série de atividades esportivas, artísticas e culturais, que poucas outras escolas têm no mesmo porte, como aulas de música, pintura, xadrez, judô, natação, futsal, basquete e voleibol. No Colégio Unitrês, parte dessa estrutura também já existe e outros projetos estão em andamento. As demais escolas, como o Colégio Salesiano Dom Bosco, cuja mensalidade é também uma das mais baratas, se programam para oferecer também um ensino mais amplo e integral, alem do que oferecem dentro da sala de aula.