A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovou em primeira votação, na terça-feira (18) um projeto de lei que obriga escolas públicas e particulares do Estado a instalar portas detectoras de metal nos locais de acesso dos alunos.
A Lei sugere ainda que câmeras sejam colocadas para monitorar o comportamento dos estudantes. Hoje (25), a proposta segue para a segunda votação.
Caso seja aprovada em segundo turno, e sancionada pelo governador André Puccinelli, a proposta entrará em vigor no ano que vem.da Constituição de Comissão e Justiça (CCJ). Segundo Teixeira, o objetivo é coibir a violência dentro das escolas. No entanto, o assunto gera polêmica e não tem a unanimidade da comunidade escolar. A medida vale para estabelecimentos com mais de 250 alunos e em cidades com mais de 50 mil habitantes – no caso de Mato Grosso do Sul, se aprovada, as além da Capital; Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã e Corumbá deverão se adequar à norma.
OPINIÕES
Diante da suposição e da primeira votação, o Jornal do Povo entrevistou alguns diretores de escolas.
A diretora da Escola Estadual Afonso Pena, Sonia Barbosa, disse aprova o projeto. “Eu sou a favor do uso de câmeras. Nunca tinha pensado na possibilidade de instalar detector de metais, mas acredito que agregue a nossa segurança. Seria bastante viável”.
Embora a diretora afirme que a medida seja positiva, ela questiona os custos. “Seria necessário contratar mais um funcionário, portanto não sei até que ponto é válido, mas sou extremamente a favor do uso de câmeras”.
Ela também afirma que a câmera pode coibir a ação dos alunos. “Só o fato de inibir já ajuda muito, pois a violência acontece dentro e fora da escola”.
A proprietária do Colégio Unitrês, Regina Maia, ressaltou que toda medida que auxilie na segurança é bem vinda. “Embora não tenha problemas, acredito que seja um quesito a mais”.
CONTRAPONTO
Há quem discorde do projeto de lei ou concorde parcialmente. A diretora-adjunta da Escola Municipal Ramez Tebet, Ruth Emilia Capelo, diz que a medida deve ser estudada. “Cada escola é um caso.
É necessário primeiro saber como é a relação entre alunos e direção. Pode ser algumas precisem, mas não todas. Também não sou a favor das câmeras com o intuito de coibir os alunos. Acredito que esse dinheiro poderia ser usado em outras questões prioritárias, não estamos nessa situação”.
Para a diretora da Funlec, Elizabeth Mancini, é difícil falar do assunto quando ele aborda diferentes realidades. “Estive em uma reunião com todos os diretores de colégios da Cidade.
Eu não vivencio nada do que comentaram. Achei tudo absurdo, eu não passo por nenhuma situação semelhante, isso não faz parte da minha realidade”.
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