A exportação de carne bovina sul-mato-grossense aumentou 45% em fevereiro deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo informações da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), no mês passado foram destinados a outros países o total de 9,3 mil toneladas de carne “in natura”. O volume corresponde a um faturamento de US$ 42 milhões, conforme estudo baseado nos números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Três Lagoas
Exportações de carne bovina crescem 45% em MS
Na primeira semana de março, arroba do boi teve valorização de 7% em comparação a 2012
No Informativo Casa Rural, referente à segunda semana deste mês, a Famasul confirma esse aumento e cita, como ponto positivo para o mercado estadual da carne o aumento de países importadores. Segundo o relatório, em fevereiro do ano passado, Mato Grosso do Sul exportava carne bovina “in natura” para 23 países. Já neste ano são 26 países compradores do produto. Para a Famasul, o aumento reduz a vulnerabilidade em relação a compradores.
Assim como em outros meses, a Rússia segue como a principal compradora da carne produzida no Estado. Apenas em fevereiro, foi destinado ao país o total de 3,1 mil toneladas do produto, o que equivale a um faturamento de US$ 12,3 milhões. A participação russa no mercado de bovinos do Estado foi de 15% em fevereiro.
Porém, a Famasul destaca a participação de países como a Venezuela e o Chile. Os dois parceiros do Mercosul foram os que pagaram os maiores preços pela carne sul-mato-grossense, US$ 5,61 e US$ 5,73, em média, respectivamente. A Rússia paga o preço médio de US$ 3,91 pelo quilo da carne. Venezuela e Chile ocupam a terceira e a quarta posição no ranking dos maiores compradores da carne produzidas em MS.
Além dos três países, a Famasul ainda destaca países como Hong Kong e Líbia entre os cinco principais compradores. O primeiro país aparece em segundo lugar do ranking, com a importação de 1,6 mil toneladas de carne no mês passado, o equivalente a um faturamento de US$ 7,6 milhões. A China tem o terceiro melhor preço para a carne bovina do Estado, US$ 4,52 (em média).
Já a Líbia pagou o menor valor, US$ 3,42 em média pelo quilo da carne, e ocupa a quinta posição com 524,3 toneladas importados em fevereiro – um investimento de US$ 1,7 milhão.
ABATE
O Informativo Casa Rural também apontou aumento de 16% no volume de abates em fevereiro deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Conforme o levantamento, no mês passado, foram 334 mil animais abatidos, o equivalente a 80 mil toneladas. Já em comparação a janeiro, houve um recuo de 11% nos abates – no primeiro mês do ano, a pecuária sul-mato-grossense bateu recorde nesse quesito. O peso médio do boi foi de 278 quilos e o da fêmea, 201 quilos.
ARROBA
O informativo apontou ainda estabilidade no preço da arroba na segunda semana deste mês, sendo R$ 90,76 a arroba do boi e R$ 83,86, da vaca. Já em comparação ao mesmo período do ano passado, houve uma variação de aproximadamente 7% no preço do boi e 5%, da vaca.
Em nota, a economista do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas, informou que a tendência para a próxima semana é de estabilidade nos preços, uma vez que não existe oferta excessiva da matéria-prima. “Os produtores estão insatisfeitos com o preço oferecido pelas indústrias frigoríficas e, como existe disponibilidade de pasto, eles preferem reter o gado e aguardar melhores preços. Por outro lado, a ponta compradora, ou seja, os frigoríficos estão esperando reação do varejo, o que não pode ocorrer daqui para frente devido à proximidade da semana santa”, enfatiza Mascarenhas.
O Informativo Casa Rural Bovino de Corte é elaborado pela Unidade Técnica do Sistema Famasul. O objetivo da publicação é fornecer ao produtor rural informações precisas e atualizadas sobre o andamento do mercado pecuário em Mato Grosso do sul.