
A Agência do INSS de Três Lagoas realizou mais de 10 mil atendimentos ao longo de 2025, mesmo enfrentando limitações no número de servidores e peritos médicos. O balanço foi apresentado pela gerente da unidade, Rosane Ballerini, que explicou o funcionamento dos atendimentos e os desafios enfrentados pela Previdência Social no município.
Segundo a gerente, uma das principais dúvidas da população ainda está relacionada à necessidade de agendamento prévio, obrigatório para praticamente todos os serviços presenciais.
“Hoje o atendimento no INSS é totalmente agendado. Infelizmente, não temos pessoal suficiente para atender demanda espontânea. A pessoa precisa agendar pelo telefone 135 ou pelo aplicativo Meu INSS para garantir um atendimento digno, com data e horário definidos”, explicou Rosane.
Ela destaca que o modelo atual evita filas e longas esperas, comuns no passado.
“Antigamente a pessoa ficava três, quatro ou cinco horas esperando e, muitas vezes, nem era atendida. Hoje ela vem no horário marcado e encontra um servidor aguardando”, completou.
De acordo com a gerente, o tempo médio de espera para atendimentos agendados é de cerca de três dias. A maior parte dos serviços pode ser resolvida de forma remota, sem a necessidade de ir até a agência.
Entre os benefícios oferecidos pelo INSS estão:
- aposentadorias por idade, tempo de contribuição e incapacidade permanente;
- auxílio por incapacidade temporária;
- auxílio-acidente;
- auxílio-reclusão;
- pensão por morte;
- salário-maternidade;
- Benefício de Prestação Continuada (BPC) para idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade;
- seguro-defeso para pescadores artesanais.
O atendimento presencial ocorre apenas em casos específicos, como perícia médica ou entrega de documentos, sempre mediante agendamento.
Apesar do volume expressivo de atendimentos, a agência enfrenta dificuldades estruturais. Atualmente, a unidade conta com 14 servidores lotados, sendo que a maioria atua em teletrabalho, realizando análise de processos.
“Presencialmente, somos apenas quatro servidores, contando comigo e minha substituta. Ou seja, temos apenas dois servidores no atendimento direto ao público. É realmente insuficiente para abrir as portas e atender toda a demanda como gostaríamos”, afirmou.
Outro ponto crítico é o número reduzido de peritos médicos. Hoje, apenas dois profissionais cedidos realizam as perícias em Três Lagoas. Com aposentadorias recentes, a gerente aguarda a realização de concurso público para recompor o quadro.
Mesmo com as limitações, Rosane Ballerini afirma que a agência de Três Lagoas tem se destacado positivamente em indicadores nacionais de desempenho.
“Os nossos índices são satisfatórios e estamos bem posicionados no ranking nacional. Isso nos dá orgulho, porque mostra que estamos fazendo o nosso trabalho com cuidado e dedicação”, destacou.
A gerente encerrou o balanço avaliando o ano de forma positiva.
“Fechamos o ano de forma satisfatória. Graças a Deus conseguimos cumprir nosso papel, e esperamos continuar no próximo ano com o mesmo empenho e dedicação”, concluiu.