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Após cirurgia, criança se recupera e agradece ações solidárias em Três Lagoas

Em julho de 2024, Erica Maria da Silva, mãe de Ana Júlia, buscou o apoio do grupo RCN para divulgar a situação da filha

Diagnosticada com a rara e grave doença de Moya-Moya, a menina precisou da ajuda da comunidade para custear cirurgias cruciais, e o resultado é de pura celebração. Foto: Reprodução/TVC HD.
Diagnosticada com a rara e grave doença de Moya-Moya, a menina precisou da ajuda da comunidade para custear cirurgias cruciais, e o resultado é de pura celebração. Foto: Reprodução/TVC HD.

Em um emocionante testemunho de fé e solidariedade, a história da pequena Ana Júlia de Souza Silva, hoje com 4 anos, se tornou um exemplo de esperança para muitas famílias em Três Lagoas. Diagnosticada com a rara e grave doença de Moya-Moya, a menina precisou da ajuda da comunidade para custear cirurgias cruciais, e o resultado é de pura celebração.

Em julho de 2024, Erica Maria da Silva, mãe de Ana Júlia, buscou o apoio do grupo RCN para divulgar a situação da filha. Na época com 3 anos, Ana Júlia havia sido diagnosticada com a Síndrome de Moya-Moya, uma doença cerebrovascular progressiva que causa o estreitamento ou bloqueio das artérias carótidas internas, impedindo o fluxo sanguíneo adequado para o cérebro. A condição apresentava risco iminente de convulsões e Acidente Vascular Cerebral (AVC), e o tratamento especializado só foi encontrado em São Paulo, com um custo altíssimo.

“Ele informou da necessidade de ser feita uma cirurgia de revascularização cerebral, devido ele falou que a cada cinco anos tem a possibilidade de 85% acontecer uma outra isquemia. E nessa isquemia pode acontecer uma sequela irreversível”, explicou Érica, ressaltando a urgência do procedimento para garantir que o cérebro de sua filha recebesse sangue e que as veias não se estreitassem mais.

A família precisava de R$ 85 mil, e Três Lagoas, mais uma vez, mostrou sua força e união. Amigos, familiares e pessoas desconhecidas se mobilizaram em uma verdadeira corrida contra o tempo, conseguindo arrecadar todo o valor necessário. Em outubro de 2024, Ana Júlia passou pela primeira cirurgia, um procedimento de mais de 10 horas. Em maio deste ano, a segunda etapa foi realizada.

A mãe lembrou dos momentos difíceis e da alegria da recuperação.

“Conseguimos arrecadar o valor e aí, assim que conseguimos, já marcamos. Vamos para São Paulo para fazer todo o processo de exames dela solicitado pelo médico e depois, após o exame, foi agendada a cirurgia, que foi feita em outubro, logo após o que a gente conseguiu arrecadar o valor. E aí foi feita a cirurgia, uma cirurgia de mais de 10 horas, graças a Deus, assim, sem nenhuma intercorrência”, relatou Érica.

Hoje, Ana Júlia está de volta a Três Lagoas, em fase de recuperação, mostrando-se ativa, brincalhona e conversadora. Embora precise de cuidados contínuos, como evitar esforço e brincadeiras de impacto, e seguir restrições alimentares (como chocolate e refrigerante), a melhora é notável. A família tem a esperança de que, ao completar 5 anos, ela possa ter uma vida normal.

“O Dr. Hugo, um profissional incrível, nos passou segurança também, nos informa tudo sobre a questão da recuperação dela também, tudo que a gente tem de dúvida, ele desfaz mesmo estando longe”, elogiou Érica.

A doença de Moya-Moya não tem cura, mas o procedimento trouxe mais conforto e qualidade de vida para a criança. A mãe fez questão de contatar a equipe de reportagem novamente, desta vez para um agradecimento emocionado.

“Do mesmo jeito que eu vim a público pedir ajuda, eu gostaria de vir também agradecer, porque assim, a Ana Júlia… primeiramente, agradecer a Deus, né, e a ajuda de todos que colaboraram de alguma forma. Eu não consigo nem citar nomes, porque foi tanta gente, pessoas até que eu não conheço”, disse.

A mãe aproveitou o momento para enviar uma mensagem a outras mães que enfrentam desafios semelhantes.

“Foi um ano de luta, mas Deus nos deu a vitória. Ana Júlia foi uma guerreira e assim nós sentimos o cuidado de Deus o tempo todo na vida dela, e ele nos mostrou a sua misericórdia restaurando a saúde dela. O que eu quero deixar de recado é assim, que a minha filha é um milagre e ela está aqui. Então, assim, eu sei que o processo é difícil, mas nunca percam a fé de vocês, porque a gente lembra que existe um Deus extraordinário, que ele nunca nos abandona”.