Cresce assustadoramente em Três Lagoas ocorrências de violência envolvendo jovens, que não medem as consequências pela prática de atos de vandalismo e de depredação. No último domingo em uma casa de diversão, diante do impedimento de ingresso de alguns menores de idade, a reação violenta causou depredação das portas do estabelecimento, além de atirarem pedras no imóvel, gritaria e agressões. A confusão pela retirada do estabelecimento de um jovem que burlou o acesso que impede menores de idade foi o estopim para a desordem ter início e com violência. Ao forçarem suas entradas no estabelecimento, quando, então, um dos seguranças entrou em confrontação com a turma, a situação saiu totalmente do controle. Quem vê o vídeo que registrou esse lamentável fato, fica estarrecido em constatar como nenhuma providência imediata deteria esses menores que ensandecidos, insistiam agressivamente em adentrar no estabelecimento. Só teve fim a revolta desses menores quando chegou a Polícia Militar. Esse episódio infeliz é mais um de tantos outros que se registra em Três Lagoas.
O vandalismo ao patrimônio público, também, tornou-se corriqueiro na cidade. Escolas pichadas, vidraças quebradas, placas indicativas com nomes de ruas arrancadas ou amassadas, assim como, equipamentos comunitários são quebrados constantemente em praças das cidades. Na última quinta-feira, registrou-se depredação no parque de recreação da praça do bairro Nova Americana. Vários equipamentos que servem para diversão para crianças foram avariados pela ação e obra de vândalos, os quais não medem as consequências para prejudicar a comunidade, muitas das quais eles próprios estão inseridos.
Não tem sido diferente com grupos de jovens que andam pela cidade aos gritos, proferindo impropérios e até com gestos ameaçando pessoas. O fato é que se faz necessária uma ação conjugada entre a polícia militar, civil, conselho tutelar pelas ruas da cidade, identificando os promotores dessas algazarras e predadores do patrimônio público. É necessário identificar esses menores, seus pais e famílias, levando até eles conhecimento de suas condutas. E, constatar as causas, os porquês de ações com tanta agressividade. Seria desestrutura familiar, desarmonia, uso de drogas, falta de atividade laboral, ou até mesmo, anomalia que necessita de orientação e correção psicológica? Enfim, não basta que a sociedade fique somente lamentando ou recriminando esses acontecimentos. É preciso que haja uma ação social e educativa por parte das instituições públicas para colocar fim aos desvios de conduta desses menores, os quais, ainda, no início de suas vidas, precisam sofrer intervenção rigorosa que tem por finalidade colocá-los mais perto do convívio familiar e da educação escolar.
É preciso prepara-los para o futuro, proporcionando-lhes formação escolar adequada e instrução suficiente para se tornarem úteis à sociedade onde estão inseridos. E, sobretudo, torná-los capazes para na vida serem cidadãos na acepção da palavra. E, é justamente, neste momento, que os organismos públicos devem entrar para atuar na recuperação desses jovens, levados pelas más influências do círculo onde que convivem, muitas vezes por conta da crueza da vida econômica e social. Nunca será trabalho sem efeito, colocá-los à salvo da difusão de maus exemplos que recolhem na convivência diária que influencia de maneira nociva, assim como no surfar nas redes sociais, hoje, tão poluídas e infestadas de assuntos que não contribuem para a edificação social e moral das pessoas.