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Especialistas reforçam orientações após sofrer picada de escorpião

Somente em 2025, mais de 750 casos de acidentes com escorpiões já foram registrados no município

Como forma de prevenção, os especialistas reforçam a importância de manter os ambientes limpos, evitar acúmulo de lixo, entulhos e restos de materiais que possam servir de abrigo para o escorpião. Foto: Arquivo.
Como forma de prevenção, os especialistas reforçam a importância de manter os ambientes limpos, evitar acúmulo de lixo, entulhos e restos de materiais que possam servir de abrigo para o escorpião. Foto: Arquivo.

Soluções caseiras passadas de geração em geração ainda são comuns quando o assunto é picada de escorpião, mas especialistas alertam: essas práticas não só são ineficazes como podem agravar o quadro da vítima. Em Três Lagoas, os números chamam atenção. Somente em 2025, mais de 750 casos de acidentes com escorpiões já foram registrados no município.

Entre os mitos mais conhecidos estão sugar o local da picada com a boca, fazer cortes para sangria ou aplicar torniquetes e compressas de água morna. Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, Reinaldo Cândido, nenhuma dessas medidas deve ser adotada.

“O que a gente recomenda é que essa pessoa ligue o 193 ou, se tiver um veículo, vá imediatamente para o hospital. Em Três Lagoas, os hospitais de referência são o Hospital Auxiliadora e a UPA. Esse é o protocolo para picadas de animais peçonhentos”, explicou.

O tenente reforça que práticas como sugar o veneno ou cortar a pele podem trazer riscos ainda maiores.

“Você não vai conseguir tirar o veneno da pele e ainda vai colocar a boca em contato direto com uma área contaminada. Cortes e sangrias só agravam a lesão. Nós, bombeiros militares, não realizamos nenhuma manobra invasiva nesses casos”, destacou.

Outro erro comum é o uso de compressas de água quente, prática que, além de não ter eficácia comprovada, faz a vítima perder tempo precioso até o atendimento médico.

“O tempo é fundamental. Ficar tentando compressa de água quente pode atrasar a ida ao hospital e isso pode piorar a situação”, alertou o bombeiro.

Além de buscar atendimento imediato, manter a calma é essencial para evitar que o veneno se espalhe mais rapidamente pelo organismo.

“A pessoa precisa ficar calma. Se ela se agitar, o coração bate mais rápido e o veneno circula mais depressa. No caso de crianças, os pais devem acalmar a criança e levá-la o mais rápido possível ao hospital, sem alarde”, orientou Reinaldo Cândido.

Como forma de prevenção, os especialistas reforçam a importância de manter os ambientes limpos, evitar acúmulo de lixo, entulhos e restos de materiais que possam servir de abrigo para o escorpião. Em caso de acidente, a orientação é clara: nada de soluções caseiras, procure atendimento médico imediatamente.