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Fecundidade em queda: Três Lagoas segue tendência estadual e nacional, aponta IBGE

Número de mulheres que não tiveram filhos cresce em Três Lagoas, e média de filhos por mulher cai abaixo da taxa de reposição populacional

Em Três Lagoas, média de filhos por mulher cai para 1,6 e cresce o número de mulheres que não tiveram filhos até os 59 anos- Foto: Divulgação.
Em Três Lagoas, média de filhos por mulher cai para 1,6 e cresce o número de mulheres que não tiveram filhos até os 59 anos- Foto: Divulgação.

Três Lagoas acompanha a tendência de queda na fecundidade observada em Mato Grosso do Sul e em todo o país, conforme revelam os dados do Censo Demográfico 2022 – Fecundidade, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra uma mudança significativa no comportamento reprodutivo das mulheres do município.

De acordo com o Censo, das cerca de 56 mil mulheres com 12 anos ou mais de idade em Três Lagoas, 37 mil tiveram filhos, o que representa 66,6% desse grupo. Em 2010, esse percentual era de 69%, o que demonstra uma redução no número de mulheres que passaram pela maternidade.

A média de filhos por mulher também caiu de 1,9 em 2010 para 1,6 em 2022, número abaixo da taxa de reposição populacional considerada ideal, de 2,1 filhos por mulher. Para a chefe da seção de disseminação de informações do IBGE/MS, Elenice Cristaldo Cano, esses números mostram que Três Lagoas segue a mesma trajetória verificada em outras regiões do estado e do país.

Outro dado que reforça essa tendência é o aumento do número de mulheres que não tiveram filhos até os 59 anos de idade. Em 2022, 19% das mulheres três-lagoenses entre 50 e 59 anos não haviam sido mães, percentual superior aos 17% registrados em 2010.

Estado

Em Mato Grosso do Sul, a média de filhos por mulher em 2022 foi de 1,83, também abaixo da taxa de reposição populacional. Além disso, a idade média para ter o primeiro filho subiu para 27,7 anos, sendo ainda mais alta entre mulheres brancas e com ensino superior.

O adiamento da maternidade também ficou evidente ao se observar a mudança na faixa etária com maior concentração de nascimentos: em 2010, ela estava entre 25 e 29 anos; em 2022, passou para o intervalo de 35 a 39 anos.

O levantamento também mostrou que, entre as mulheres de 50 a 59 anos em Mato Grosso do Sul, 12,9% não tiveram filhos. Já a média de filhos por mulher nesse grupo caiu de 3,1 para 2,3 no intervalo de 12 anos.

Mesmo com a tendência de redução, as mulheres indígenas ainda apresentam famílias mais numerosas no Estado, mantendo uma média superior à da população geral.